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Moradia ameaçada

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Membros da Associação Viva Quitaúna trabalham na manutenção de terreno onde entidade tem projeto em fase avançada para construir 208 moradias; “agora estamos cheios de dúvidas, as famílias estão muito preocupadas”, diz presidente da associação

Membros da Associação Viva Quitaúna trabalham na manutenção de terreno onde entidade tem projeto em fase avançada para construir 208 moradias; “agora estamos cheios de dúvidas, as famílias estão muito preocupadas”, diz presidente da associação
Membros da Associação Viva Quitaúna trabalham na manutenção de terreno onde entidade tem projeto em fase avançada para construir 208 moradias; “agora estamos cheios de dúvidas, as famílias estão muito preocupadas”, diz presidente da associação

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Habitação//
Governo interino de Michel Temer suspende a construção de 3,5 mil moradias na região

Leandro Conceição

A revogação, pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, do PSDB, de portarias que autorizavam a liberação de recursos a entidades selecionadas para executarem obras do programa Minha Casa, Minha Vida suspendeu o andamento de projetos de construção de 3.522 unidades habitacionais para famílias de baixa renda na região. Em todo o país, a medida do governo de Michel Temer (PMDB) anunciada na terça-feira, 17, revoga a construção de 11.250 moradias populares.

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Em Osasco, foram 264 unidades afetadas, de um projeto da Associação Viva Quitaúna. “A gente tinha entrado no processo de compra do terreno”, diz o presidente da entidade, Vagner Camarotto. “Vamos continuar na luta, mas não sabemos o que vai acontecer. Este governo interino já se mostrou muito prejudicial para os movimentos de moradia”, completa ele, que também é membro da executiva estadual da União dos Movimentos de Moradia (UMM).
Em Embu das Artes foram 2.278 unidades habitacionais suspensas pelo novo ministro das Cidades; em Taboão da Serra, 880, e em Itapecerica da Serra, 100, ambos de projetos da Associação Esperança de um Novo Milênio, ligada ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

“Este foi o primeiro corte efetivo em programas sociais realizado pelo governo ilegítimo de Michel Temer, que até ontem anunciava que não tocaria nos recursos para programas sociais”, protestou, em nota, o MTST, que promete manifestações contra a medida.
O ministro Bruno Araújo afirmou que não há recursos para executar a quantidade de unidades habitacionais prevista quando da liberação pela presidente afastada Dilma Rousseff e que a regulamentação do Minha Casa, Minha Vida – Entidades será reavaliada.

Expectativa e indefinição

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Além da revogação da liberação de recursos para 11,2 mil moradias populares no país anunciada na terça, 17, os movimentos de moradia temem que cortes do governo do presidente interino Michel Temer na habitação afetem outras ações em andamento.

Além do projeto suspenso – de construção de 264 unidades, em fase inicial -, a Associação Viva Quitaúna tem em estágio avançado um projeto para a construção de 208 moradias por meio do Minha Casa, Minha Vida – Entidades.

“Neste, a gente está em vias de assinar contrato com a Caixa [para a liberação dos recursos para a execução da obra], mas agora estamos cheios de dúvidas, as famílias estão muito preocupadas. Foi muita luta para esse projeto avançar e agora que está tudo pronto para sair do papel vem esse balde de água fria”, afirma o presidente da associação, Vagner Camarotto.

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Unidades habitacionais suspensas pelo governo Temer na região:

Embu das Artes – 2.278 (Associação Esperança de um Novo Milênio/MTST)
Taboão da Serra – 880 (Associação Esperança de um Novo Milênio/MTST)
Osasco –  264 (Associação Viva Quitaúna)
Itapecerica da Serra –  100 (Associação Esperança de um Novo Milênio/MTST(

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