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Na favela Raio de Luz, a expectativa de uma nova vida

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“Vamos ter um CEP”, comemora Leila dos Santos, uma das beneficiadas do projeto habitacional / Foto: Francysco Souza
“Vamos ter um CEP”, comemora Leila dos Santos, uma das beneficiadas do projeto habitacional / Foto: Francysco Souza

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Leandro Conceição

Na tarde de segunda-feira, 6, o casal Josefa e Valmor Vasconcelos, de 53 e 49 anos, aguardava ansioso na porta do barraco, na favela Raio de Luz, Jardim Padroeira, Osasco, a chegada do caminhão de mudança. O veículo chega junto à expectativa de uma nova vida, com moradia digna, não mais em “um barraco caindo na nossa cabeça”, dizem.

Eles estão entre as primeiras famílias removidas da favela para serem beneficiados por um projeto habitacional que vai construir pelo menos 4 mil moradias populares no município nos próximos anos, segundo o prefeito Jorge Lapas (PT), por meio de parceria entre a Prefeitura e os governos federal e estadual. “Não vejo a hora de viver no meu canto”, diz dona Josefa.
Os dois moram há quase nove anos na favela Raio de Luz, desde o início da ocupação. Contam que pagavam aluguel e não conseguiram mais após Valmor sofrer um acidente de trânsito e ter de deixar os serviços que fazia como vigilante.

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Na Favela Raio de Luz, cerca de mil famílias cadastradas serão beneficiadas e 500 que têm maior vulnerabilidade social serão incluídas no Bolsa Aluguel, que oferece um auxílio mensal de R$ 300 por mês, pago por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a empresa proprietária do terreno. As famílias receberão o auxílio à medida em que forem encontrados imóveis para alugar.

“Degrau”
Leila Alves dos Santos, 41, deixou seu barraco na favela Raio de Luz esta semana dizendo estar “subindo um degrau para uma vida nova, um sonho realizado”. “Vamos ter um CEP, poderemos receber nossas correspondências tranquilamente, abrir conta em banco, uma maravilha. Vai ser outra vida, eu acredito”, diz ela, que está desempregada.

Sobre os problemas vividos no dia a dia na favela, ela e o pintor Valmir Simão, que também será beneficiado, destacam o medo das chuvas: “Inunda tudo, já perdemos muita coisa”, diz Leila.
De acordo com o prefeito Jorge Lapas, os primeiros prédios dos novos projetos habitacionais devem ser entregues em cerca de dois anos. Ele afirma que a princípio a previsão é de que 4 mil famílias sejam beneficiadas, mas há análise para que o número chegue a 5 mil. Entre as áreas onde serão construídos os prédios estão: Miguel Costa, Flamenguinho e Jardim D’Ávila.

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