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“Não aguento mais essas dores”, postou jovem de Osasco antes de morrer vítima do coronavírus

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jovem de osasco morre por coronavírus
Diogo Azeredo Polo Boz, morador de Osasco, fez um apelo nas redes sociais antes de morrer de covid-19 / foto: reprodução

O jovem morador de Osasco, Diogo Azeredo Polo Boz, morreu, na madrugada da última sexta-feira (10), por complicações do novo coronavírus. Segundo a mãe, Diogo não tinha doenças crônicas. Ela acredita que o filho tenha contraído a covid-19 no centro de telemarketing onde trabalhava, em Alphaville.

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Diogo trabalhava como vendedor em uma empresa de telemarketing, onde pelo menos três colegas já teriam testado positivo para a doença. Em reportagem da Band News FM, parentes do jovem relataram o descaso da companhia, que mesmo após a confirmação dos funcionários infectados, manteve as atividades regularmente.

Eromar Azeredo, mãe de Diogo disse, na reportagem, que os sintomas surgiram no dia 1° de abril, quando ele foi levado a um hospital, em Osasco, e recebeu o diagnóstico de pneumonia. Como a febre não cessou, Diogo foi levado a uma Unidade de Ponto Atendimento (UPA) no dia seguinte, quando veio a confirmação da covid-19.

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Após testar positivo para a doença, Diogo seguia em isolamento em um quarto no apartamento dos pais. No dia 6 de abril, o jovem fez um relato nas redes sociais pedindo para que seus seguidores se atentassem às recomendações e cumprissem a quarentena.

“Estar com coronavírus é horrível, uma tosse que não para e te impossibilita de respirar e te faz ter dores que você não imaginaria ter. Não aguento mais essas dores, ficar em uma sala de isolamento para poder melhorar e nada mudar. Repito, essa tosse que te deixa com muita dor, qualquer coisa que você faça já [te deixa] cansado e sem ar. Se cuidem, fiquem em casa. Isso não é uma ‘gripezinha’. É real e está muito perto de todos”, escreveu Diogo.

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Ainda no dia 6 de abril, Diogo foi internado no Centro de Teria Intensiva do Coronavírus, que funciona no prédio do Pronto Socorro do Santo Antônio, em Osasco, com muita dificuldade para respirar. Durante o período de internação, ele chegou a ser entubado e tratado com cloroquina, mas não resistiu ao tratamento e faleceu.

A família não pôde velar o jovem. “O carro da funerária abriu a porta do capô para que eu pudesse ver o caixão do meu filho. De Lá, ele seguiu para cremação”, relatou a mãe de Diogo.

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