O deputado estadual e ex-prefeito de Osasco Emidio de Souza (PT) comentou sobre a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, interior de São Paulo. “O cerco está se fechando”, declarou Emidio, que é pré-candidato a prefeito de Osasco na próxima eleição, por meio do Twitter.
“Queiroz foi preso num imóvel de Frederick Wasseff, advogado da família Bolsonaro que esteve ontem em Brasília na posse do ministro da comunicação. Bolsonaro, Flavio e cia sempre disseram que desconheciam o seu paradeiro. E agora? Queiroz precisa falar tudo!”, completou o deputado estadual petista.
O cerco está fechando. Queiroz foi preso num imóvel de Frederick Wasseff, advogado da família Bolsonaro que esteve ontem em Brasília na posse do ministro da comunicação. Bolsonaro, Flavio e cia sempre disseram que desconheciam o seu paradeiro. E agora? Queiroz precisa falar tudo!
— Emidio de Souza (@EmidioDeSouza_) June 18, 2020
Já o senador Flávio Bolsonaro disse que encara a prisão do ex-assessor com tranquilidade e que “a verdade prevalecerá”. De acordo com o senador, a operação de hoje é “mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro”.
Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim.Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) June 18, 2020
A prisão de Queiroz faz parte da Operação Anjo, que cumpre ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça, relacionadas ao inquérito que investiga a chamada “rachadinha”, em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveriam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Queiroz era lotado no gabinete dele.
O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.
O relatório integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro do ano passado.
Contra outros suspeitos de participação no esquema (o servidor Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas (Com Agência Brasil).