William Galvão
O final do ano é a época em que os brasileiros dobram seus ganhos com o 13º salário. Por conta dos preparativos para o Natal e Ano Novo, muitas famílias acabam deixando seus salários em coisas desnecessárias e adquirem dívidas para o ano seguinte. Segundo o coordenador do curso de Gestão Financeira da Universidade Uniban/Anhanguera, Cleber Estanislau Soares, a melhor opção é utilizar o 13º para quitar ou reduzir as dívidas ao máximo.
“É uma oportunidade de resolver muitos problemas financeiros que chegam até o final do ano como consequência de má gestão do dinheiro ao longo do ano ou fruto de imprevistos que tivemos nos últimos 12 meses”, afirma. Para o gestor financeiro, dívidas como cheque especial, cartão de crédito ou empréstimos pessoais, devem ser sanadas, por conta dos altos juros.
Uma segunda dica é pensar na leva de contas que pagamos em janeiro, como IPTU, IPVA, material e matrícula escolar. Se for possível guardar dinheiro para pagá-las à vista é a melhor alternativa, recomenda o professor, pois nesses casos muitos desses compromissos oferecem descontos de 5%, além de livrar um bom espaço no orçamento dos próximos meses em 2013.
Orçamento pode livrar consumidor das dívidas
Se o consumidor não tiver dívidas, o ideal é iniciar uma reserva financeira. O que sobrar pode ser usado no preparo de uma boa festa de fim de ano, uma viagem, na visita àqueles familiares que moram longe e, claro, na compra de presentes. “Use a criatividade, com presentes que sejam lembrados pela sua originalidade, não pelo preço. Isso não só economiza, mas torna seu presente único”, diz Estanislau.
Passado o período de festas, novos hábitos podem ser adquiridos. Segundo Cleber, “é uma ótima época para iniciar um hábito que nós brasileiros na maioria não temos: orçamento familiar”. O orçamento, ao contrário dos cálculos mentais das dívidas, se seguido à risca, impede que o consumidor fique preso a elas no fim do ano e utilize seu 13º sem preocupações.
