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O Teatro Mágico revisita anos 80 em novo disco

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Banda é recordista no financiamento coletivo, arrecadando quatro vezes a meta inicial de R$ 100 mil

Allehop//  Quinto álbum de estúdio da banda surgida em Osasco está disponível para download gratuito na internet

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Banda é recordista no financiamento coletivo, arrecadando quatro vezes a meta inicial de R$ 100 mil
Banda é recordista no financiamento coletivo, arrecadando quatro vezes a meta inicial de R$ 100 mil

William Galvão

O quinto álbum de estúdio da trupe O Teatro Mágico, criada em Osasco, Allehop, foi lançado na última segunda-feira, 25, e está disponível nas redes sociais para download gratuito, assim como o primeiro videoclipe “Deixa Ser”. “Allehop é um grito ancestral do circo, é o grito que prepara pra entrar no picadeiro, pra se jogar no trapézio, pra arremessar o parceiro, pra jogar a faca”, explica o vocalista da banda Fernando Anitelli, em entrevista ao Visão Oeste.

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De acordo com o músico, o conceito musical surgiu de pesquisas por novas atmosferas, grooves e texturas sonoras. A banda foi buscar nos anos 1980 uma maneira de reinventar seu próprio som. “A gente quis algo pra cima, que tivéssemos a letra da poesia, a crítica, o carinho, como nos primeiros álbuns, lúdico, com essa festa, com essas cores, então, resumidamente, tem aquela alegria do início do TM, aquela intenção de se jogar. Allehop, com essa textura mais moderna, onde a gente pega elementos vintages nos anos 80, mas tudo com uma cara nova”.

A produção do disco é do carioca Alexandre Kassin, que já trabalhou com nomes como Gal Costa, Caetano Veloso, Los Hermanos, Erasmo Carlos e Vanessa da Mata. Após a construção de melodias, arranjos e letras feitas pela banda, Anitelli conta que “levamos para o RJ, lá o Kassin, dono do estúdio, deu algumas ideias, ajudou nas gravações com timbres, texturas, equipamentos, bem oldfashion”. O disco teve recorde de financiamento coletivo, arrecadando quatro vezes a meta.
A turnê deve iniciar no segundo semestre do ano, meados de agosto e, de acordo com o idealizador do porjeto Fernando Anitelli, a banda passa por Osasco. “Nós não temos uma data ainda, mas a ideia é trazer pra Osasco, sem dúvida”. Com 10 faixas, o trabalho tem participação de Lucas Silveira, da banda Fresno.

leia abaixo a entrevista completa com Fernando Anitelli:

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TeatroO novo disco tem uma sonoridade diferente, com outros ritmos ainda não explorados, mais dançantes, tem um quê de anos 80 com o indie-rock atual. Conta pra gente um pouco sobre o conceito do álbum.

Primeiro agradeço ao Visão Oeste por fazer essa matéria com agente e poder aí, amplificar esse nosso trabalho. Allehop é um grito ancestral do circo, é o grito que prepara pra entrar no picadeiro, é o grito que prepara pra se jogar no trapézio, pra arremessar o parceiro, pra jogar a faca, pra Allehop, então é essa coisa pra cima. Em francês é pra cima, em norueguês é “toda esperança”, então essa é a ideia.

O conceito sonoro a gente pensou ano passado, a gente já havia mostrado uma certa incursão em alguns timbres eletrônicos no álbum anterior, Grão do Corpo. E nesse a gente pensou: Poxa vida, o TM nunca é tocado na pista, ninguém da play na festa. O pessoal canta abraçado na fogueira, que é uma delícia, mas a gente quer agora também pesquisar um pouco essa atmosfera, esses grooves, essa textura, então a gente foi aonde? Lá nos anos 80. A gente fez essa pesquisa com texturas, timbres, grooves, várias batidas distintas, e trouxemos uma letra mais fluente, uma coisa mais positiva, crescente. Como diz o nome, Allehop.

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Então esse conceito a gente criou aqui dentro do grupo mesmo, do TM, quem coordenou foi nosso produtor/arranjador Daniel Santiago, eu fui construindo arranjos, as melodias, colocando as letras, junto com ele aqui em SP. O Gustavo [Anitelli] foi organizando toda a equipe para aquilo que viria, pensando na possibilidade do financiamento coletivo que seria um sucesso, a nossa meta foi quadruplicada, o Gustavo também construindo letra comigo. E o Daniel arrumou isso tudo.

A ideia do álbum agora é fazer alguns pré-lançamentos, a gente já jogou o álbum na rede, dia 25 agora, tem sido um sucesso. A gente diluiu em twitter, facebook, em plataformas distintas e o sucesso está estrondoso, mais de 400 mil baixadas de música, um monte de curtidas, um monte de gente comentando nas redes. E como todo trabalho novo, tem o pessoal que se encanta; o pessoal que “opa, espera aí, deixa eu ouvir mais um pouco”; e o pessoal conservador do “ah, queria que fosse igual o primeiro.

Com essa nova estética, a trupe aprece também mas urbana, qual a ideia por trás do figurino e do cenário dessa vez?

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Em relação ao figurino a gente está preparando tudo isso com muita calma, o cenário, a coisa toda, são as cores a festividade, aquele impulso, aquele ímpeto, aquela festividade, aquele Allehop do início com a modernidade que a gente pesquisou e está trazendo agora.

A turnê deve estar começando agora, já tem planos pra passar por Osasco e região?

14-OTeatroMagicoA gente já está no nosso sexto álbum, a gente tá no quinto de estúdio. A ideia agora é promovê-lo gradativamente em algumas apresentações, pra que no segundo semestre, lá pra agosto, a gente apareça com a turnê mesmo. Tudo já mais pronto. O primeiro momento agora é ir jogando, ir esquentando. Dia 13 de maio teremos show com o Nado Reis, pré-lançamento, A gente vai cantar algumas canções do álbum novo, já vai ter algumas coisas do álbum novo, e a gente espera trazer pra Osasco.
Nós não temos uma data ainda, mas a ideia é trazer pra Osasco, aqui na região, sem dúvida. A gente sempre quer estar perto, sempre quer fazer as apresentações. As vezes por uma própria questão do país, que está inseguro a tudo que está acontecendo economicamente, politicamente, isso se reverbera nas posições onde você precisa de infraestrutura, de coordenar esse investimento de apostar, de contratar, divulgar. Às vezes em Osasco e região, a demanda, ela tem que ser criada muitas vezes. Então a gente quer estar de volta, a gente quer fazer as coisas por aqui, a gente quer estar em todo lugar na verdade.

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Poxa, Osasco, a última vez que a gente fez foi na virada cultural, foi fantástico. Tinha mais de 10 mil pessoas com chuva e tudo. Então é isso, esse é o Allehop, saindo do forno, são 10 canções e eu espero que as pessoas possam curtir. Coloca um fone de ouvido, aumente o volume, e boa viagem, Allehop.