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Ocupação Esperança faz vigília em negociação

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Sem-teto foram novamente à prefeitura para tentar obter garantias / Foto: Gabriela Concau

Sem-teto foram novamente à prefeitura para tentar obter garantias / Foto: Gabriela Concau
Sem-teto foram novamente à prefeitura para tentar obter garantias / Foto: Gabriela Concau

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William Galvão

Munidos de velas, cantos e cartazes com dizeres como “não queremos um novo Pinheirinho”, cerca de 150 moradores da Ocupação Esperança, no bairro Santa Fé, em Osasco, realizaram na última terça-feira, 15, uma vigília simbólica em frente à prefeitura enquanto uma comissão se reunia com os secretários de Relações Institucionais, Waldyr Ribeiro, e o de Habitação, Sérgio Gonçalves.

Secretário diz que negociações não avançaram muito

De acordo com um dos advogados do movimento Luta Popular, Avanildo Araújo, o saldo da reunião pareceu positivo. “Até então não tínhamos nada concreto com a prefeitura. Dessa vez eles se comprometeram a negociar com o Ministério das Cidades após a avaliação do nosso cadastro”, disse. A comissão deve entregar à prefeitura até a próxima terça-feira, 22, o cadastro completo dos moradores para que se inicie a próxima etapa que, de acordo com Avanildo, seria uma negociação para a viabilização do projeto habitacional.

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Além da negociação, os itens debatidos foram a mediação de uma negociação entre a prefeitura e o governo do estado de São Paulo para a garantia de bolsa aluguel a todos os moradores da ocupação que não tenham para onde ir caso saiam do terreno, já que há reintegração programada para até o final deste mês. Segundo Araújo, caso todos os itens sejam cumpridos, os moradores da Esperança fariam uma desocupação pacífica. “Caso contrario, eles vão resistir”, afirmou.

Em contrapartida, o secretário de Relações Institucionais de Osasco, Waldyr Robeiro, afirmou que a negociação não evoluiu em muita coisa. “Eles vão nos entregar o cadastro dos moradores, que é confuso, uns dizem mil famílias, outros 700, mas parece que só 150 famílias vivem lá de fato. E não é porque eles vão entregar o cadastro que não vão entrar na fila do programa habitacional também”, explicou. Atualmente, Osasco tem 63 mil famílias cadastradas no programa, sendo que 43 mil tem renda entre 0 e 3 salários mínimos.

Em nota, a prefeitura de Osasco reafirmou que o processo de reintegração de posse é movido pelo proprietário da área e alegou que “desde o princípio mantém a postura de diálogo em relação aos programas e critérios da política habitacional desenvolvida no município”.

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