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Osasco recebe projeto que pretende fortalecer as exportações

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Monção: “exportamos pouco e importamos muito, queremos dar um equilíbrio nessa balança” / Foto: Eduardo Metroviche

Monção: “exportamos pouco e importamos muito, queremos dar um equilíbrio nessa balança” / Foto: Eduardo Metroviche
Monção: “exportamos pouco e importamos muito, queremos dar um equilíbrio nessa balança” / Foto: Eduardo Metroviche

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Leandro Conceição

Nesta quinta-feira, 17, representantes de cerca de 30 indústrias de Osasco participaram de evento de apresentação de um projeto que está sendo implantado no município e visa fortalecer a atuação das empresas brasileiras no mercado internacional, principalmente nos países do Mercosul.

Trata-se do Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex/Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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Programa oferece consultoria gratuita às empresas

O projeto oferece gratuitamente consultoria, capacitação e orientação em áreas como administração estratégica, vendas e marketing, para que as indústrias possam se tornar exportadoras ou ampliar as exportações. Já estão inseridas no PEIEX 17 empresas osasquenses, de acordo com o diretor de Desenvolvimento Econômico da Secretaria da Indústria, Comércio e Abastecimento e Osasco, José Monção da Silva.
Segundo ele, as indústrias de Osasco movimentam cerca de R$ 1,1 bilhão por ano no mercado internacional, dos quais R$ 900 milhões em importações e R$ 200 milhões em exportações. “Exportamos pouco e importamos muito. Queremos dar um equilíbrio nessa balança comercial”.

Entre os produtos fabricados em Osasco cujas exportadoções podem ser potencializadas estão itens de indústrias metalúrgicas, químicas, moveleiras e alimentícias.
Um dos empresários que participaram do evento foi Rubens Casselhas, das padarias Pão do Parque. “Vamos abrir em agosto nossa quinta unidade e, para os próximos passos, temos alguns produtos com os quais dá para a gente enfrentar o mercado lá fora, como pães de queijo e biscoitos”, diz ele.

Além das commodities

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“O objetivo principal do PEIEX é promover a capacidade exportadora da indústria brasileira. É ajudar a exportar tudo o que for possível além das commodities”, explica Sérgio Magalhães, gestor dos núcleos do projeto no estado.
Ele defende que a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional não deve ser pautada sempre na competição com a China, como avaliam muitos analistas.
“Competitividade muitas vezes é uma coisa pensada de forma muito simplista, unicamente com base em preço, e há outras formas de se destacar, como com os diferenciais, a qualidade, o apelo da identidade dos produtos com o país”, analisa.

Magalhães ressalta que “competitividade significa às vezes ter preço alto, por ter mais qualidade, por ter diferenciais, por ser uma especialidade”.
Ele cita como exemplo o crescimento das indústrias brasileiras de cosméticos, que hoje figura na 24ª posição no relatório Global Trade Information Services (GTIS) – fonte de pesquisas sobre comércio internacional mundial. Um dos fatores para isso é a tendência global de busca por produtos naturais e exóticos, já que as indústrias cosméticas brasileiras costumam usar as matérias primas vindas da Amazônia.

PEIEX é desenvolvido com parcerias

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O Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX) é realizado em Osasco por meio de parcerias entre a Prefeitura, por meio da Casa do Empreendedor, a Fundação Vanzolini e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex/Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em todo o país, o projeto dispõe de 30 núcleos operacionais instalados em 12 Estados. De acordo com o coordenador nacional do PEIEX, Tiago Terra, entre 2008 a 2012 foram investidos cerca de R$ 25 milhões no projeto e cerca de 10 mil empresas receberam orientações do projeto.
Mais informações sobre o PEIEX na Casa do Empreendedor: 3685-0713.

Empresa da cidade quer fabricar drones

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O engenheiro mecânico Eduardo Shiroma, 52, participou da apresentação do PEIEX em Osasco buscando ampliar os conhecimentos e contatos para seu produto “chegar forte no mercado”. Ele ingressou recentemente na Incubadora de Empresas de Osasco, onde recebe auxilio no desenvolvimento de seu projeto de fabricação de drones.
“Estamos fazendo uma parceria com a Fatec e temos coordenação de especialistas da USP”, diz. A ideia é desenvolver drones usados inicialmente para reportagens, mas os equipamentos também poderão ser adaptados para a agricultura e a realização de entregas.
Shiroma espera colocar os drones desenvolvidos em Osasco no mercado em cerca de dois anos a preços entre R$ 5 mil e R$ 8 mil.

 

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