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Para João Paulo, PT pode fazer campanha por voto nulo se Lula não for candidato

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joão paulo cunha
O ex-deputado federal osasquense João Paulo Cunha

O ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) concedeu entrevista coletiva na manhã de quinta-feira, 14, sobre seu segundo livro, Resenhas do Cárcere, que será lançado dia 21, no Teatro Municipal de Osasco. A obra traz resenhas comentadas de 24 livros que ele leu durante o período em que cumpriu pena, em Brasília, após condenação na Ação Penal 470, o chamado “mensalão”.

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Na entrevista, João Paulo também falou sobre a situação do PT em Osasco e no país. Negou ter influência na administração de Rogério Lins (PODE) na Prefeitura de Osasco, como acusam adversários, entre eles o ex-prefeito Francisco Rossi (PR).

“Ele (Rossi) sabe que eu não tenho participação, do jeito que ele fala, na Prefeitura. O prefeito, faz meses que não falo com ele. Não entendo como posso mandar, ter influência, se eu não converso? Diferentemente do Rossi… tem a filha dele (Ana Paula Rossi, secretária de Educação), o sobrinho dele (Cláudio Monteiro, secretário de Obras), a mulher dele (Ana Maria Rossi), que é vice”.

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João Paulo diz que legalmente não pode ser candidato até 2022. Mesmo que pudesse se candidatar, afirma não ter mais essa pretensão. “Não tenho mais desejo de ser candidato”.


O ex-deputado também se esquivou de comentar sobre nomes de possíveis candidatos do PT na região nas eleições de 2018. O único nome certo no momento é Valmir Prascidelli, que vai concorrer à reeleição como deputado federal.

Gelso de Lima

João Paulo também comentou sobre a possível filiação de Gelso de Lima, apontado como seu braço direito, ao PSDB. “É um problema do Gelso, não é problema meu”.

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“Tenho uma relação de amizade com o Gelso de muito tempo. Mas é uma relação pessoal, a política que o Gelso faz é do Gelso”, afirmou. “O Gelso não é mais do PT. Ele não deve satisfação nem para mim, nem para o PT”.

Lula

No cenário nacional, diz que o julgamento do ex-presidente Lula, “do ponto de vista jurídico, é um absurdo”. “Tentam impedir ele de ser candidato inventando coisas”. João Paulo avaliou ainda que “há uma criminalização do PT. Essa criminalização decorre da posição política do PT. Isso não significa que o PT não tenha cometido erros”.

Para o ex-deputado, caso Lula seja impedido de ser candidato à presidência em 2018, o PT pode optar por não lançar candidatura e fazer campanha pelo voto nulo.

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“Caso o Lula não seja candidato, vamos ter três hipóteses. Uma é ter um candidato dentro do próprio PT, e entre os nomes que aparecem o do Fernando Haddad é o que tem adquirido mais envergadura; a segunda é apoiar um candidato de fora do PT; e a terceira hipótese é o PT não ter candidato, fazer campanha pelo voto branco e nulo”, afirma.

“Deixar um partido como o PT fora da eleição, caso do Lula, pode gerar uma insatisfação de uma parcela da sociedade. Então, talvez o PT não priorize a disputa para presidente, faça uma campanha de denúncia, de voto nulo, e concentre sua campanha nos deputados federais, estaduais e senadores”.

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