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Petistas da região criticam declarações de Marta

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A senadora e ex-prefeita pode concorrer à prefeitura de São Paulo por um outro partido em 2016 / Foto: Marcelo Camargo/ABr
A senadora e ex-prefeita pode concorrer à prefeitura de São Paulo por um outro partido em 2016 / Foto: Marcelo Camargo/ABr

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Leandro Conceição

Petistas da região criticaram as declarações da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no domingo, 11, atacou a presidente Dilma Rousseff e os rumos do partido: “ou o PT muda, ou acaba”, disparou a senadora.

“Ela pode sair sem fazer o papel que está fazendo”

As falas teriam sido motivadas pela intenção de Marta de criar atrito para deixar o partido sem perder o mandato de senadora, sob alegação de estar sendo cerceada na legenda.
Durante a semana, para acalmar os ânimos de Marta, líderes do partido sinalizaram que o PT não pedirá o mandato caso Marta confirme a saída. Ela pretende ser candidata a prefeita de São Paulo em 2016 e teria convites de legendas como PMDB, PSB, PSD, PDT e SDD. O PT tentará reeleger Fernando Haddad, que em 2012 também venceu uma disputa interna com Marta para concorrer ao cargo.

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“É triste. [Marta é] uma pessoa que nasceu e cresceu dentro do PT. As críticas são como em casa, você tem sua família, briga dentro de casa e fora fala bem. Marta está correndo um risco de partir para um projeto pessoal e abandonar o projeto partidário”, afirma o prefeito de Osasco, Jorge Lapas.
O secretário de Indústria, Comércio e Abastecimento de Osasco, Gelso de Lima, diz que “ela pode sair do partido sem fazer o papel que está fazendo”.

“Forma inadequada”
Gelso afirma que “toda crítica é bem-vinda. Talvez a forma [utilizada por Marta] seja inadequada, utilizando a imprensa, o Estadão, dar entrevista à jornalista Eliane Catanhêde, que sempre foi contra o PT”. No entanto, ele ressalta: “Mas o partido precisa rever o seu projeto, sua história”.
O secretário de Comunicação de Osasco, Roberto Trapp, também critica Marta por colocar “um projeto pessoal” acima do interesse partidário, mas contemporiza as declarações da senadora na entrevista: “Faz parte, é democracia, o PT é um partido democrático. Não vejo problema em criticar o partido, desde que internamente se discuta também”.

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