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PF deflagra operação contra máfia da merenda em Jandira; há “indícios de envolvimento de ex-prefeita”

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Segundo a PF, em quatro contratos da gestão de Anabel, "há indícios do desvio de mais de R$ 2,5 milhões" / Foto: Joícÿ Costìm

Ex-prefeita Anabel Sabatine, ex-diretor de compras da Prefeitura e oito empresários foram alvos da  operação / Foto: divulgação/PF
Ex-prefeita Anabel Sabatine, ex-diretor de compras da Prefeitura e oito empresários foram alvos da operação / Foto: divulgação/PF

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 25, a Operação Iraxim, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido em desvios de recursos federais destinados à merenda escolar em Jandira. A operação contou com a participação de 60 policiais federais.

Segundo a superintendência de São Paulo, a “PF encontrou indícios do envolvimento de uma ex-prefeita daquele município, bem como de outros ex-gestores e de representantes das empresas que forneciam alimentos à Prefeitura durante seu mandato”. A ex-prefeita de Jandira é Anabel Sabatine (PSDB), antecessora de Geraldo Teotônio da Silva, o Gê (PV).

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo e na Capital, todos expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Osasco. Anabel Sabatine, o ex-diretor de compras de sua gestão e oito empresários foram alvos da  operação.

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O inquérito policial teve inicio em agosto de 2012 para investigar dispensas de licitações com suspeitas de superfaturamento de preços na aquisição de alimentos destinados à merenda escolar pelo município de Jandira. Os recursos são repassados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Segundo a PF, em quatro contratos da gestão de Anabel, "há indícios do desvio de mais de R$ 2,5 milhões" / Foto: Joícÿ Costìm
Segundo a PF, em quatro contratos da gestão de Anabel, “há indícios do desvio de mais de R$ 2,5 milhões” / Foto: Joícÿ Costìm

De acordo com a Superintendência da PF em São Paulo, a pedido da Polícia Federal a Justiça determinou retenção de passaportes dos investigados, proibição de ausência de seus respectivos domicílios, proibição de ingresso nas dependências da Prefeitura de Jandira, proibição de contratar com a Administração Pública e sequestro de bens móveis, imóveis e valores, para garantir a reparação de danos decorrentes dos desvios de recursos da União.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que a dispensa de licitação era uma estratégia usada para a contratação direcionada de determinadas empresas e o superfaturamento de preços em alguns casos chegou a 200%. Em apenas quatro contratos – que somam R$ 5 milhões – há indícios do desvio de mais de R$ 2,5 milhões, diz a PF.

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Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraudes em licitações, cujas penas variam de 2 a 12 anos de prisão.

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