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Por calote em festa gay, empresária quer bloquear salário de Alexandre Frota como deputado federal

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Um calote na empresa responsável pela “Festa do Orgulho Gay em Brasília” em 2006 pode levar ao bloqueio do salário de Alexandre Frota (PSL-SP) como deputado federal. A empresária responsável pelo evento luta na Justiça há 13 anos pela reparação do prejuízo causado por Frota.

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Hoje um dos parlamentares da bancada conservadora do Câmara, Frota era ator pornô na época do evento, do qual seria um dos principais destaques. Segundo o portal da revista Época, ele assinou contrato por R$ 2 mil por uma hora e meia de apresentação na “Oficina Dancing Bar”. Frota recebeu metade do cachê pouco antes da festa, além de diárias de hotel e passagem aérea. Mas não foi ao evento.

A empresária que o contratou, Nice Pereira, acionou a Justiça cobrando danos morais e materiais pelo calote de Frota. Ela conseguiu sentença favorável sobre danos materiais.

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“Desde então, corre um processo no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) contra o hoje deputado do PSL de São Paulo. Até mês passado, quando a Câmara dos Deputados recebeu um ofício da corte pedindo detalhes do salário do parlamentar, para avaliar se mandava penhorar o valor, ele ou qualquer representante legal jamais haviam se manifestado nos autos”, afirma a coluna de Guilherme Amado na Época.

“O montante cobrado pela Justiça saltou com o passar dos anos. De R$ 30 mil para R$ 80 mil. O Alexandre Frota que consta do processo é um devedor contumaz, que o tribunal tinha dificuldades em localizar, assim como seus bens”.

Oficiais de justiça já tentaram acionar Frota diversas vezes sobre o caso, mas não conseguiram. Foi tentado bloqueio de parte do salário de Frota na época em que ele trabalhou na TV Record, mas quando a decisão favorável a esta medida saiu, em 2010, ele já não era mais funcionário da emissora. Também não foi possível rastrear bens do hoje deputado, eleito com a bandeira da luta contra a corrupção.

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Após Frota assumir como deputado, a empresária viu a chance de cobrar a dívida, já que agora seria fácil localizá-lo e ele se tornou funcionário público, com rendimento acima dos R$ 33 mil. A Justiça questionou a Câmara sobre o salário do parlamentar e foi descoberto que ele já tinha, logo em seu primeiro contracheque, a determinação de bloqueio de 30% (R$ 10,1 mil), por condenação judicial em São Paulo.

Além disso, Frota tem uma série de outras dívidas e imbróglios judiciais pendentes. E a busca de Nice Pereira para reparar o dano causado pelo calote de Frota em sua festa, 13 anos atrás, continua: “Não vou desistir. Que isso fique bem claro. Vou recorrer até o STF se for preciso”, disse.

Leia reportagem completa no portal da revista Época.

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