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Preço da passagem de ônibus na região deve aumentar

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Aumento na tarifa é de 8,57% e segue reajuste nos trens, Metrô e ônibus intermunicipais, do governo do estado / Foto: Ivan Cruz

Ainda não está definido o valor para o reajuste da tarifa, que deve ocorrer até janeiro em diversas cidades / Foto: Ivan Cruz
Ainda não está definido o valor para o reajuste da tarifa, que deve ocorrer até janeiro em diversas cidades / Foto: Ivan Cruz

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Leandro Conceição

O preço da tarifa de ônibus em toda a região deve subir para o ano que vem. O aumento pode ocorrer até janeiro. Ainda não está definido qual o valor de reajuste da tarifa, hoje em R$ 3,00. Há especulações de que o preço possa chegar a até R$ 3,50.

Reunião na próxima semana discutirá o tema

O assunto vem sendo discutido pelos prefeitos de diversos municípios, como das oito cidades que fazem parte do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste), e da Capital, Fernando Haddad (PT). “A ideia é que [o reajuste da tarifa] seja uniforme”, afirmou o prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT) ao Visão Oeste.
“Estamos conversando no consórcio, conversamos com o prefeito Haddad, porque São Paulo também tem uma grande importância nessa discussão”, afirma. Na semana que vem deve ocorrer uma reunião entre os prefeitos para discutir o reajuste.
“O combustível foi reajustado, o salário dos funcionários das empresas de ônibus foi reajustado”, justifica o prefeito de Osasco. “Não tem para onde correr. Se você tirar dinheiro da merenda escolar para pagar passagem de ônibus, vai faltar, se tirar da saúde, vai faltar”, explica Lapas.

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Subsídio
Em maio deste ano, com a intenção de barrar o aumento da passagem de ônibus em Osasco, a Prefeitura conseguiu a aprovação da Câmara Municipal para um subsídio anual de R$ 5 milhões ao sistema de transporte coletivo municipal. “O subsídio era até que houvesse reajuste. Quando houver reajuste, acaba o subsídio”, afirma Lapas.

Alta pode gerar novos protestos

Em junho do ano passado, em meio a uma onda de protestos populares, iniciados pelo Movimento Passe Livre, em São Paulo, as prefeituras da região baixaram o valor da tarifa, que chegou a R$ 3,30, para o preço anterior ao último reajuste, R$ 3,00.

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“Já há um exemplo concreto de que, com a mobilização, é possível reverter esse prejuízo à população. Vamos discutir possíveis mobilizações junto aos movimentos sociais”, afirma Alexandre Capelo, membro do coletivo Osasco Contra o Aumento (OCA) e diretor do Núcleo de Luta Popular do PSOL de Osasco.

O OCA tem protocolado, desde novembro do ano passado, um termo de compromisso junto à Prefeitura com questionamentos ao valor da tarifa. O documento ainda não teve resposta.
Além do valor da tarifa, o coletivo cobra transparência na gestão dos contratos em vigor junto às empresas de ônibus que operam no município. “Queremos a abertura dos contratos com as empresas e as justificativas para o aumento da tarifa”, afirma Capelo.

Projeto em tramitação ajudaria a reduzir tarifa

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Prefeitos de todo o país defendem a implantação do Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (Reitup), em tramitação no Congresso Nacional, que desonera impostos para o transporte público e, de acordo com defensores, pode reduzir em até 15% o valor das tarifas.

“A gente trabalhou pelo Reitup, que desonera os impostos para o transporte coletivo, mas isso não andou ainda”, lamenta o prefeito de Osasco, Jorge Lapas.
O relator do Reitup na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), defende que “o projeto parte do princípio de que o transporte faz parte da cesta básica do trabalhador e, assim como a alimentação, deve ser desonerado”.
O impacto financeiro aos cofres da União, que já sinalizou ter resistência ao projeto por “complicações técnicas”, girariam em torno de R$ 1,5 bilhão por ano, incluindo PIS, Cofins e subsídios para energia elétrica.

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