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Prefeito da região é alvo de operação da Polícia Federal

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 9, em parceria com a Controladoria Geral da União, a Operação Prato Feito, para desarticular cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União destinados à educação em municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal. Estão sendo cumpridos 154 mandados de busca e apreensão, além de afastamentos preventivos de agentes públicos e decisões de suspensão de contratação com o poder público referentes a 29 empresas e seus sócios.

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Um dos investigados é o prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), que já chegou a ser alvo de pedido de prisão por parte do Ministério Público por suspeita de envolvimento com o crime organizado e o tráfico de drogas. Ele nega as acusações. Na operação desta quinta, não há pedido de prisão de Ney Santos. A PF deve fazer um balanço da ação e divulgar novas informações nas próximas horas.

Justiça decreta prisão de Ney Santos, prefeito eleito em Embu das Artes
O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB)

Todas as medidas da operação desta quinta-feira foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

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O inquérito policial foi instaurado em 2015, a partir de informação apresentada pelo Tribunal de Contas da União relatando possíveis fraudes em licitações de fornecimento de merenda escolar em diversos municípios paulistas.

As investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo: 13 prefeitos, 4 ex-prefeitos, 1 vereador,  27 agentes públicos não eleitos e outras 40 pessoas da iniciativa privada. A Controladoria Geral da União identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bi.

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Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.

Com informações da assessoria da Polícia Federal

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