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Prefeito de Osasco posta mensagem contra suicídio: “não jogue a toalha”

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Prefeito de Osasco posta mensagem conta suicídio
Foto: reprodução

O prefeito de Osasco, Rogério Lins, publicou um texto, nesta quinta-feira (4), contra o suicídio. “O índice de suicídio tem aumentado a cada ano, pessoas que sofrem dores na alma tão intensas que desistem da vida, jogam a toalha”, diz um trecho da mensagem publicada nos stories do Facebook.

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O texto aponta para o momento em que o mundo vive a pandemia de covid-19 e outros problemas, com referências bíblicas. “Realmente vivemos dias onde os sonhos e ideias têm se perdido em meio à maldade, à violência e à corrupção. A vida de Davi é um exemplo de esperança, pois ele passou por muitas situações angustiantes, sofrimentos, injustiças, mas não jogou a toalha porque olhava para Deus e suas promessas”, diz outro trecho da mensagem publicada por Lins.

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Especialistas alertam que o período pós-pandemia de Covid-19 poderá apontar para o aumento dos problemas de saúde mental, como depressão, bipolaridade, ansiedade crônica e, consequentemente, do número de mortes por suicídio no Brasil.

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Segundo a diretora da Associação Brasileira de Estudo e Prevenção do Suicídio (Abeps), Soraya Carvalho, características da pandemia, como o isolamento social, a alta letalidade do vírus, a facilidade do contágio e o excesso de notícias sobre a doença – incluindo as falsas, podem provocar nas pessoas três causas principais do suicídio, que são o desespero, o desamparo e a desesperança.

“O suicídio é um ato radical, uma resposta ao real, uma saída pra dor de existir. Quando a pessoa diz que não há mais esperança, o risco de suicídio é maior”, declarou Carvalho em debate na Câmara dos Deputados, na terça-feira (2).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo revela que o suicídio no Brasil é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Segundo Soraya, são 12 mil mortes por suicídio no Brasil por ano, sendo 1 a cada 35 minutos.

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A deputada Leandre (PV-PR) afirmou, no debate realizado por videoconferência, que o isolamento social prolongado, mesmo sendo necessário, pode levar a situações críticas diante da realidade mais precária de algumas pessoas. “Uma coisa é conviver com o tédio, outra é conviver em um lugar sem ter o que comer”, disse. “Muitas secretarias de saúde dos municípios estão sendo demandadas por pessoas que estão tentando suicídio”, completou a parlamentar, que fez um alerta para um possível aumento nesses casos.

Busque ajuda

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) promove apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo chamadas gratuitamente, sob sigilo, por meio do telefone 188, chat e e-mail, disponíveis no site. O CVV é formado por profissionais da saúde, entidades especializadas e pessoas que se dispõem a ajudar.

Devido a pandemia o serviço também sofreu algumas alterações e está com a equipe de voluntários reduzida, mas os atendimentos continuam diariamente. “O isolamento social e suas consequências nas relações e emoções podem acarretar uma maior procura no serviço”, alerta a instituição, que convida pessoas que estejam em condições de ajudar para integrar o time que se disponibiliza para conversar, oferecer atenção e acolhimento.

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Na rede pública de saúde é possível buscar ajuda por meio de psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais, geralmente nas Unidades Básicas de Saúde. Também há atendimento para pessoas que apresentam transtornos mentais mais severos e persistentes e suporte terapêutico para as famílias, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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