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“Quero fazer acontecer com propostas sólidas”, diz Isa Mascarenhas, candidata a deputada estadual

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Na série de entrevistas com candidatos da região, o portal Visão Oeste recebeu a candidata a deputada estadual Isa Mascarenhas (PR). Ativista social nas cidades de Osasco, Carapicuíba, Barueri e Itapevi, Isa tem um trabalho voltado para a área social, com atuação em prol de moradia, educação infantil e saúde. Confira a entrevista:

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Visão Oeste: Como foi a decisão de ser candidata a deputada estadual?

Isa Mascarenhas: Recebi o convite por conta dos trabalhos sociais que eu já venho fazendo. É um trabalho autônomo e não tem qualquer ligação com partidos políticos. Mas percebi que, com a política, terei mais estrutura para realizar o trabalho que já venho fazendo pelas pessoas.

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E com a política você espera ampliar esse trabalho?

Sim, o desejo é de ampliar com base em propostas e projetos efetivos, não só projetos que ficam no papel. Nossas ideias têm eficácia e execução. Quero fazer acontecer com propostas sólidas e que sejam implantadas efetivamente.
Quero combater as injustiças que vejo na área da Saúde, das pessoas não terem atendimento digno nos hospitais; do desemprego, de ver pessoas querendo trabalhar e não conseguindo por não ter oportunidades e nem qualificação; de ver mulheres que sofrem tanto e não tem amparo.
Essas e outras injustiças me motivaram a entrar na politica. Quero defender a população mais carente.

E como participar de uma disputa tão difícil quase sem recursos?

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Minha forma de trabalho vai ser no corpo a corpo, explicando minhas ideias e propostas. Também sofro quando preciso de saúde, quando preciso de mobilidade. Também luto por moradia e por boa educação para meus filhos.
Vamos gastar sola de sapato, fazendo um trabalho de formiguinha. Quero mostrar que sou uma pessoa do povo, igual a todo mundo, e que vai lutar pelos mais humildes.

As pessoas andam bastante descontentes com a política. O que a Isa Mascarenhas apresenta de diferente?

As pessoas precisam saber que há bons candidatos. Honestos, trabalhadores e que possuem transparência. Um voto é muito importante e nós estamos aqui para ajudar a população. A partir do momento em que a pessoa votou, ela pode e deve fiscalizar. Nós queremos um mandato participativo. O mandato não é pessoal, é do povo.
A política tem jeito. Tem gente boa querendo uma vida melhor para todos. Com coragem e vontade de mudar.

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Como é o trabalho com o movimento pró-moradia que você faz em Itapevi?

É o pessoal do Parque Suburbano. São pessoas humildes que pleiteiam uma moradia justa para a família e não conseguem. É uma luta constante que já dura anos. Uma simples regularização e é tão difícil. Estamos ali dando o amparo necessário, participando, lutando.

Você também atua junto às ADIs de Barueri. Como é essa luta?

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Tenho uma relação muito próxima com a ADIs [Auxiliares de Desenvolvimento Infantil], elas são minhas amigas. Eu conheço de perto o trabalho e o cuidado que elas têm com as crianças como se fossem suas próprias crianças.
Elas fazem mais que cuidar. Elas educam, dão orientações, alimentam, higienizam. Elas também dão carinho e afeto, conversam. Enfim, fazem tudo pelas crianças. Mas agora as maternais estão sendo terceirizadas e elas podem ficar sem emprego. E o que elas pleiteiam é o mínimo: trabalhar. É uma categoria muito desvalorizada e desmerecida. Por isso estamos juntas nessa luta.

A questão deve ser igual em diversas cidades. Espera fazer disso uma bandeira?

Com certeza. Quero conhecer de perto o trabalho de mais ADIs e defender o que elas defendem. Elas merecem muito mais por tudo o que proporcionam para as crianças. São mulheres guerreiras que cuidam dos pequenos com carinho e cuidado.

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E qual sua avaliação sobre os problemas na Saúde?

Nós temos um conhecimento bem de perto de pessoas que ficam meses em filas para consultas simples. Pessoas que apresentam sintomas não podem ficar aguardando 90 dias para saber o que é. Demoram para passar pela consulta. Depois esperam mais um ano pelo exame e por fim mais um longo período até o retorno. Nesse compasso o tratamento demora tanto que muitas vezes fica prejudicado.
É sabido que todos os diagnósticos tem que ser feitos cedo. Quando antes, melhor. Senão dificulta a cura. A população sofre muito com isso. E Centros de Diagnósticos facilitariam muito.

Há famílias em que a mãe é a chefe da casa, como você espera apoiá-las?

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Respeito muito as casas em que as mães são as chefes de família. São milhares de casas assim pelo Brasil. Essas mulheres precisam ter oportunidades de trabalho e estudo. Também precisam de creches e boas escolas para deixar os filhos. Quero ser uma parceira dessas mulheres guerreiras na sua luta diária.

A proteção à mulher é uma de suas bandeiras?

Sim. Sou uma defensora incondicional das mulheres. Quero propor políticas de proteção efetivas. Muitas vezes as mulheres sofrem abuso psicológico e físico. Do abuso físico todos falam muito, mas não psicológico.
Muitas são dependentes dos homens por conta da questão financeira. Homens colocam nas cabeças das mulheres que elas não têm capacidade para defender suas casas, suas famílias e seus filhos.
O suporte a elas precisa existir. A Lei Maria da Penha é muito boa, mas precisa ser mais efetiva. Quero também trabalhar nesse sentido.

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Há um projeto chamado Canomama que você quer trazer para São Paulo. Fale um pouco sobre ele.

Sabemos que muitas mulheres que enfrentam o câncer de mama ficam fragilizadas. A ideia é incentivar sua recuperação por meio da prática da canoagem. Além de socializar, elas fortalecem o tórax, os braços e as pernas com uma atividade saudável.
A ideia já é um sucesso no Distrito Federal. Aqui queremos implantar na raia olímpica da USP, que atualmente é subutilizada.

Por fim, você assinou um termo de compromisso da Escola Sem Partido e outro de desenvolvimento sustentável. Por quê?

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Eu assinei o termo da Escola Sem Partido porque o professor tem que ter autonomia para ensinar matemática, português, mas não pode ensinar ideologias. As crianças e jovens têm que ser preparados para a carreira deles, para o futuro, para o vestibular. Não para aprender ideologia de partido.
Sobre o outro termo, é minha área de formação, não é? Então, quero propor uma gestão sustentável, com transparência e sustentabilidade.