Início Cidades Barueri Região ainda pode ganhar novo Ceasa e investidores defendem terreno no Rodoanel

Região ainda pode ganhar novo Ceasa e investidores defendem terreno no Rodoanel

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Platôs do projeto do novo Ceasa em Santana de Parnaíba
Platôs do projeto do novo Ceasa em Santana de Parnaíba

Desde o final de 2019, investidores trabalham em projeto para viabilizar a vinda do Ceagesp para a região Oeste da Grande São Paulo. Com duas áreas em disputa, uma em Carapicuíba e outra maior, na margem do Rodoanel, em Santana de Parnaíba, cada proposta de “Novo Ceasa” só depende de autorizações municipais e de levantar o capital necessário para sua instalação.

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A privatização anunciada pelo Governo Federal no ano passado e retificada pelo governador João Dória (PSDB) deixou a questão integralmente nas mãos da iniciativa privada. Não há mais licitação, nem interferência dos governos Estadual ou Federal.

Por isso uma área de mais de 400 hectares localizada no km 9,5 do Rodoanel Oeste, pretendida por um dos concorrentes – o Centro Atacadista de Abastecimento Alimentar de São Paulo (CEASP) – tornou-se uma das principais candidatas a assumir o papel do maior entreposto de alimentos do mundo. Localizada em Santana de Parnaíba, a área depende apenas da aprovação da Prefeitura.

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Hoje a Ceagesp é o terceiro maior entreposto de alimentos do mundo. A proposta do centro atacadista é torná-lo o primeiro do segmento, mas nos moldes do Paris-Rungis, da capital da França, e do que existe atualmente em Tóquio, no Japão.

Para atingir esse objetivo, as instalações deverão ser modernas e tecnológicas, com boa parte das atividades automatizadas. Neste sentido, desviando todo o tráfego de caminhões para o Rodoanel e com seu tamanho superior à maioria das demais áreas propostas, o projeto de Parnaíba teria espaço de sobra para garantir o novo recorde.

O CEASP contou com uma grande e equipe de engenheiros, arquitetos e urbanistas na elaboração da proposta. São sete platôs, cada um voltado para um segmento específico: frutas, verduras e alimentos (FLV); proteína animal e peixes; cereais; flores; lazer; gastronomia e um platô apenas para o sistema logístico. Mesmo com todas essas atividades, a área construída ocupará apenas terço do terreno. O restante, cerca de 2,6 mil hectares da área, será preservada e destinada para a construção de um parque de esculturas nos moldes de Inhotim, em Minas Gerais.

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Segundo o representante do grupo empresarial que compõe o CEASP, Telmo de Carvalho, serão investidos mais de R$ 2,2 bilhões no empreendimento, que vai movimentar R$ 15 bilhões anuais e gerar 30 mil empregos.

Projeto do novo Ceasa prevê área de gastronomia internacional e eventos
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Grupo garante que não haverá impacto para moradores de Alphaville

Apesar do benefício para a região no fomento de novos negócios e na geração de empregos, o prefeito parnaibano, Elvis Cezar (PSDB), já deu demonstrações de que não está convencido das vantagens. Em maio do ano passado, informalmente, através da imprensa, ele declarou que queria um estudo de impacto para avaliar a liberação da obra. Cezar não quer correr o risco de desagradar uma parcela importante dos moradores dos residenciais de Alphaville, que ficam próximos da área.

A preocupação é totalmente desnecessária, segundo o representante do centro atacadista, Telmo de Carvalho. Em entrevista recente a um canal de TV a cabo de Alphaville, ele garantiu que os estudos do grupo mostram que o impacto “simplesmente não existe”.

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Na questão da mobilidade, segundo ele todos os caminhões entrarão exclusivamente pelo Rodoanel Oeste. Além disso, “grande parte desses caminhões já trafega hoje mesmo pelo Rodoanel. Então, tudo vai continuar exatamente como está”, explica. Mesmo assim o projeto prevê áreas de espera internas e um sistema automatizado de liberação e organização da chegada de cargas.

Até a aprovação, todos os projetos para as 6 áreas diferentes que se propõem a receber um entreposto continuam brigando pelo mercado, que movimentará bilhões nos próximos anos. No caso do CEASP, com o aval da Prefeitura e uma vez iniciada a obra, o grupo empresarial responsável pelo projeto prevê que tudo fique pronto até 2024.

Com acesso pelo Rodoanel, grupo empresarial do Ceasp garante que não haverá impactos em Alphaville ou no entorno
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