Início Trabalho Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo chega a 16,8% em abril

Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo chega a 16,8% em abril

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Foto: Eduardo Metroviche

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Foto: Eduardo Metroviche

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Em abril, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 16,8%. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o patamar é o mais alto em dez anos para o mês. Em abril de 2006, a Grande São Paulo tinha um índice de desemprego de 16,9%. A pesquisa foi feita com  apoio da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Em 12 meses, o contingente de pessoas em idade econômica ativa sem emprego teve um acréscimo de 501 mil, chegando aos atuais 1,8 milhão de desempregados. No período, 407 mil postos de trabalho foram fechados e 94 mil trabalhadores ingressaram no mercado, mas não conseguiram colocação. Com isso, em relação a abril de 2015, a taxa de desemprego na metrópole registra alta de 36,6%.

A taxa de ocupação teve queda de 4,2% no período. Em abril do ano passado, havia na região 9,6 milhões de pessoas trabalhando, contra 9,2 milhões no mesmo mês deste ano. Em comparação com março, o percentual de pessoas com emprego permaneceu praticamente estável, registrando alta de 0,1 %, com o fechamento de 5 mil postos.

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Esse resultado foi decorrente da eliminação de 28 mil posições (-4,3%) na construção civil e de 19 mil no comércio de reparação de veículos (-1,2). Em contrapartida, houve a abertura de 18 mil postos (1,3%) na indústria de transformação e 25 mil no setor de serviços (0,5%).

O aumento de 6,7% no índice de desemprego, entre março e abril, foi causado, principalmente, pela entrada de 113 mil novos trabalhadores no mercado, que não conseguiram colocação.

Apesar de considerar normal um pequeno aumento do desemprego nesta época do ano, puxado justamente pelo ingresso de pessoas no mercado de trabalho, o economista da Fundação Fundação Seade, Alexandre Loloiana, disse que os atuais níveis são preocupantes. “O que está incomodando é a rapidez com que a taxa está crescendo e os elevados patamares que está atingindo em um curto espaço de tempo. Desde o ano passado, o crescimento foi muito intenso”, ressaltou.

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Alguns sinais, no entanto, são positivos, na avaliação do economista. “A indústria, que é o setor que mais sofreu com a crise, parou de cair e até cresceu um pouco”, disse sobre a comparação entre março e abril.

Além disso, o economista também destacou o fato do nível de ocupação ter se mantido estável entre um mês e outro. “Resta saber se isso não é um soluço no mês de abril, que não se repita mais daqui para frente”, afirmou.

(Agência Brasil)

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