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Região pode ter Casas Abrigo para mulheres

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Encontro em Osasco reuniu lideranças de cidades que fazem parte do consórcio intermunicipal / Foto: Ivan Cruz/SECOM/PMO

Encontro em Osasco reuniu lideranças de cidades que fazem parte do consórcio intermunicipal / Foto: Ivan Cruz/SECOM/PMO
Encontro em Osasco reuniu lideranças de cidades que fazem parte do consórcio intermunicipal / Foto: Ivan Cruz/SECOM/PMO

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William Galvão

Nesta quinta-feira, 27, mais um encontro entre os prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste) foi realizado, desta vez em Osasco. A reunião discutiu quase exclusivamente a criação de Casas Abrigo para respaldar mulheres vítimas de violência doméstica.

Custo é de pouco mais de R$ 1,7 milhão

Segundo a proposta, apresentada por uma comissão formada por gestoras de alguns municípios, as Casas Abrigo, a princípio duas, devem ser intermunicipais e cada uma deverá abrigar 20 pessoas, incluindo as vítimas com seus filhos, sendo que o custo de cada abrigo deve ser de pouco mais de R$ 1,7 milhão.
De acordo com a secretária Dinah Barros, da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres de Carapicuíba, a medida é um dos pontos que ainda faltam para a integralidade da rede de atendimento à mulher. “Se uma mulher denuncia o agressor e volta para casa ela vai ser espancada novamente, e é cada vez mais grave”, explica.

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O espaço físico e outros detalhes do projeto devem ser discutidos posteriormente até estarem adequados. De acordo com a coordenadora de Enfrentamento à Violência da Secretaria da Mulher de Barueri, Luciana Ribeiro da Silva, “o local poderá ser uma locação, uma construção ou um imóvel de um dos oito municípios, que pode se adequar”. O item é o único do projeto que ficou em aberto para que possa ser estudado.
Para o prefeito de Itapevi, Jaci Tadeu (PV), ainda é preciso avaliar a quantidade de pessoas por casa. “Acho que 20 é pouco, até por que muitas mulheres tem mais de um filho”.
A próxima reunião acontece na quinta-feira, 3, a partir das 9h30, na Sala Osasco, anexa à Prefeitura.

Proposta foi tema de audiência pública em Carapicuíba

A criação das Casas Abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica também foi discutida na semana passada, em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Carapicuíba.
Segundo a coordenadora da Mulher em Carapicuíba, Dinah Barros, a Casa Abrigo é fundamental para a eficiência no atendimento. Ela afirma que também é preciso preparar os órgãos porta de entrada para a mulher que sofre violência. “Prontos socorros, escolas, as próprias delegacias devem estar preparadas pra receber essa mulher”.

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A defensora pública de Carapicuíba, Stefani Kornreich, contou que tem notado deficiências na rede pela “falta de diálogo entre autoridades e a própria população, o que dificulta o atendimento de cada equipamento”. Segundo ela, “a defensoria deveria ter um funcionário dedicado a atender essa vítima, mas não tem”.
Hoje, Carapicuíba tem quatro equipamentos públicos, ou que atendem especificamente as mulheres ou que têm espaço para isso. São eles o Centro de Referência de Enfrentamento à violência contra as Mulheres (CREVIM), a Delegacia Especializada de Atendimento as Mulheres (DEAM), a Defensoria Pública, o Núcleo de Prevenção às Vítimas de Violência Sexual e Intrafamiliar de Carapicuíba “Projeto Acolhe” e a Casa do Adolescente. Mais informações: 4183-2992. (William Galvão)

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