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Sabesp foge de audiência sobre crise da água em Osasco

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A audiência pública sobre a crise água no estado que seria realizada nesta quarta-feira, 24, na Câmara Municipal de Osasco, foi cancelada em virtude da ausência de representantes da Sabesp.

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Em ofício, a presidenta da instituição, Dilma Pena, alegou não poder comparecer por questões de saúde. Pena, no entanto, não explicou o motivo de a Sabesp não enviar nenhum representante.

Governador Geraldo Alckmin continua negando haver racionamento / Foto: Antonio Cruz-Agência Brasil
Governador Geraldo Alckmin continua negando haver racionamento; críticos atribuem crise  da água à falta de investimentos do governo tucano / Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Na mesma data, Dilma Pena, também, havia sido convocada para prestar contas à CPI da água, na Câmara Municipal dos vereadores de São Paulo. De acordo com matéria da Rede Brasil Atual, ao enviar mensagem de explicação, ela informou que está disponível a comparecer após as eleições.

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Ela já não havia comparecido à reunião anterior na Casa de Leis paulistana, do dia 17 de setembro, justificando razões pessoais. Para Nabil Bonduki (PT), vereador integrante da CPI, o posicionamento da instituição demostra que o embate eleitoral está sendo colocado à frente dos interesses da população. “A responsabilidade da Sabesp é muito grande porque está colocando a questão eleitoral acima dos interesses da cidade”, afirmou à Rádio Brasil Atual.

Em agosto, a Câmara de Osasco já havia realizado uma audiência pública para discutir a crise de água no estado. Na ocasião, a Sabesp não compareceu alegando não ter sido avisada em tempo hábil.

Ambas as audiências foram convocadas pela Comissão de Política Urbana, Meio Ambiente e Defesa dos Direitos do Consumidor de Serviços Públicos Municipais, a pedido da vereadora Mazé Favarão (PT).

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Para Mazé “é uma irresponsabilidade do governo do Estado não assumir que está havendo um racionamento às escondidas; que prejudica as periferias e compromete o restante da água.”

A vereadora pontuou ainda que o racionamento é inevitável e quanto mais for postergado oficialmente, mais será prejudicial. “Ele deve ser igual para todos, para que não são se favoreça os bairros de elite e detrimento da periferia”, finalizou.

De acordo com o professor Antônio Carlos Zuffo, Chefe do Departamento de Recursos Hídricos da Universidade de Campinas (Unicamp), caso a estiagem nas regiões onde estão localizados os reservatórios permaneça nos próximos meses, ambos os sistemas podem secar por completo entre outubro e novembro.

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