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Sem-teto protestam em frente à prefeitura

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“Panelaço” pedia reunião com prefeito Jorge Lapas para evitar despejo / Foto: Gabriela Moncau

“Panelaço” pedia reunião com prefeito Jorge Lapas para evitar despejo / Foto: Gabriela Moncau
“Panelaço” pedia reunião com prefeito Jorge Lapas para evitar despejo / Foto: Gabriela Moncau

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Carol Nogueira

Integrantes da ocupação Esperança fizeram um ato em frente à prefeitura de Osasco, na manhã da última quinta-feira, 3, para evitar o despejo e tentar obter moradias para aproximadamente 600 famílias. Acompanhado de uma comissão de moradores, o advogado Avanilson Araújo, do Movimento Luta Popular, que organiza a ocupação, foi recebido para uma reunião com os secretários de Habitação, Sérgio Gonçalves, e Relações Institucionais Waldyr Ribeiro Filho.

Ocupação Esperança afirma que vai resistir 

De acordo com Avanilson, foram entregues aos secretários um dossiê sobre a ocupação, escrituras de imóveis que poderiam ser adquiridos para a criação de um projeto habitacional para as famílias, além de um parecer técnico sobre a viabilidade de delimitar a área ocupada como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) e manifestos de apoio à luta. Segundo o advogado, o proprietário do terreno já teria demonstrado interesse em vender a área para a prefeitura ou Caixa Econômica Federal, que faria as unidades habitacionais.

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“Os secretários ficaram de dar uma resposta amanhã (4). Nós não queremos conflitos, não queremos um novo Pinheirinho. Apresentamos diversas alternativas. Se não houver solução, vamos resistir”, enfatizou o representante do grupo. Uma liminar fixou prazo até dia 18 de abril para que os moradores deixem o terreno no Jardim Santa Fé, na zona Norte da cidade.

A ocupação Esperança iniciou no dia 23 de agosto, com cerca de 100 famílias no terreno pertencente à empresa KJD Cosméticos. Segundo o Movimento Luta Popular, a área estava há mais de 30 anos sem utilização. As famílias foram se multiplicando e desde então os sem-teto têm buscado dialogar com a prefeitura. “Não queremos tomar nada de ninguém, queremos comprar de acordo com as condições financeiras de cada um. O dono quer vender o terreno e a Caixa quer construir as unidades habitacionais, mas a prefeitura está atravancando a negociação”, diz Mara Sales Soares, uma das organizadoras da ocupação.

Prefeitura diz que mantém diálogo 

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Em nota oficial, a Prefeitura de Osasco informou que o processo de reintegração de posse é movido pelo proprietário do terreno. A administração destaca que desde o início mantém o diálogo com os representantes do movimento, sobre os programas e critérios da política habitacional desenvolvida na cidade. A prefeitura também ressaltou que desde 2005 atua com prioridade na questão habitacional e já entregou quase 6 mil unidades e novos projetos estão em andamento. Nos últimos anos os projetos habitacionais desenvolvidos na cidade, resultam da articulação e diálogo com os governos federal e estadual e com os movimentos sociais.

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