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Servidores em greve em Carapicuíba

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Durante a semana, grevistas realizaram protestos na região central da cidade / Foto: reprodução

A greve de parte dos funcionários públicos de Carapicuíba chegou ao quinto dia nesta sexta-feira, 30. Em assembleia nesta quinta, os guardas municipais também anunciaram adesão ao movimento.

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“Só vai operar o essencial mesmo, acredito que 70% da Guarda aderiu”, diz o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos de Carapicuíba (Sindfusmc), Jessé Cassundé. A paralisação também atinge áreas como limpeza (garis), saúde (enfermeiros) e creches. A adesão à greve é de cerca de 10% dos servidores, estima o presidente do sindicato.

Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 1.400, correção no valor da cesta básica, redução da carga horária para profissionais de enfermagem, adicional de insalubridade de 25% sobre o salário de quem recebe o benefício, além de índices de reajuste que variam de acordo com o cargo.

Durante a semana, grevistas realizaram protestos na região central da cidade / Foto: reprodução
Durante a semana, grevistas realizaram protestos na região central da cidade / Foto: reprodução

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“Até agora o prefeito [Sergio Ribeiro – PT] não apresentou nada de aumento, só enrolação”, diz Jessé Cassundé. “Nossa data-base é fevereiro. Ele [Sergio Ribeiro] falou que até maio daria o reajuste e até agora nada”. A paralisação atinge cerca de 10% dos servidores, estima o sindicalista.

De acordo com ele, as únicas propostas apresentadas pela Prefeitura até o momento são o aumento do valor da cesta básica, de R$ 74 para R$ 92 (os grevistas pedem R$ 100), e o fim dos descontos no abono de quem faltar com atestado médico.

Prefeitura e sindicato trocam farpas

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A Prefeitura de Carapicuíba divulgou nota esta semana dizendo que “sempre manteve diálogo aberto com os sindicatos e apresenta propostas que visam a valorização das carreiras no setor público”.
No texto, a administração municipal critica o movimento grevista e afirma que a paralisação não teve comunicação prévia oficial do sindicato com antecedência mínima de 48 horas, como determina a legislação. “Nem mesmo uma pauta com as reivindicações dos servidores foi protocolada”.

Jessé Cassundé rebate: “É mentira. Ele [o prefeito] foi notificado 72 horas antes, estivemos com ele em duas reuniões”.

Em nota, a Prefeitura também acusou os servidores de realizarem “a greve na base da força e truculência, fazendo ameaças aos funcionários que querem trabalhar, ataques a caminhões de coleta de lixo e até mesmo ambulâncias, bem como depredação de patrimônio público”.

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De acordo com Jessé, “isso não existe, é mentira”. “É o prefeito que tem feito ameaças. Ele tem dito que vai mandar prender, que vai mandar embora até servidor concursado”.