Início Cidades Sessão da Câmara de Parnaíba termina com pancadaria

Sessão da Câmara de Parnaíba termina com pancadaria

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Vereador Marcos O Tonho briga com manifestantes após 10ª sessão ordinária

Vereador Marcos O Tonho briga com manifestantes após 10ª sessão ordinária
Vereador Marcos O Tonho briga com manifestantes após 10ª sessão ordinária

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Realizada na última terça-feira, 14, a 10ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba terminou com tumulto. A confusão começou depois da apresentação das proposituras do dia, quando teve início a Tribuna Livre, espaço onde tanto vereadores  quando munícipes podem se manifestar sobre os temas da cidade.

Quase todos os vereadores estavam inscritos para falar na Tribuna. Chiquinho Miguel (PTB) foi o primeiro e dedicou críticas às regras estabelecidas para aplicação da Avaliação Global realizada em todas as escolas municipais da cidade no último final de semana.

Para ele, as fontes de pesquisa utilizadas pelos estudantes como base para a Avaliação Global não são confiáveis e estão fora da realidade dos alunos da cidade.

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O vereador Ângelo (PROS) manifestou seu apoio às reivindicações dos servidores públicos municipais (Guardas, Vigias, Agentes de Trânsito, Operadores de Tráfego e Motoristas), em greve desde o dia 1º de abril.

O vereador Agnaldo Moreno (DEM) criticou fortemente o que chamou de “ingovernabilidade da Administração Municipal e falta de comando do Poder Executivo”.

Já o vereador Régis Salles (PMDB) se ateve às promessas não cumpridas pelo prefeito Elvis Cezar (PSDB) e a falta de direção na administração do município.

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O vereador Amâncio Neto (PSDB) foi o primeiro a se manifestar em defesa do prefeito municipal e numa tentativa de explicar ocorrências da educação, como a aplicação da Avaliação Global, recebeu vaias do público presente e em uma manifestação de desaprovação das palavras do vereador, boa parte da platéia do plenário se virou de costa para o orador.

O mesmo aconteceu quando o vereador Marcos O Tonho (PSDB), também da base aliada ao governo, se posicionou contrário à greve dos funcionários, segundo ele, o prefeito Elvis Cezar tem feito investimentos na Guarda Municipal Comunitária, com substituição da frota de carros e firmado convênios com o Governo de Estado para a segurança pública, e alegou falta de legitimidade no movimento de greve. Ainda na tribuna, Marcos o Tonho passou a dirigir palavras de ataque aos integrantes da Comissão de Greve dos Funcionários acusando-os de incompetência e falta de organização, que provocou respostas imediatas do público presente, com trocas de acusações mútuas.

Logo  após, quem fez uso da Tribuna Livre foi o vice-presidente da Câmara Nequinho Desanti (SDD), que elencou uma série de problemas enfrentados no município, com educação, saúde e excesso de propagandas enganosas de obras inexistentes no município. Criticou a falta de reconhecimento aos servidores públicos e encerrou seu discurso afirmando que nestes dois últimos anos não foi construídas nenhuma nova sala de aula na cidade, em alusão ao período de gestão do atual prefeito.

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Encerrando a participação na Tribuna Livre, o vereador Guilherme Correia (SDD) voltou a manifestar apoio aos grevistas, alegando a legitimidade e legalidade do movimento que luta por condições dignas de trabalho no município e reforçou as críticas à administração municipal.

Na sequência da sessão, quando o presidente da Câmara, Ronaldo Santos (PSB), iniciava a leitura da Ordem do Dia, para apresentação da pauta de proposituras, o vereador Marcos O Tonho novamente entrou em embate com integrante da União Geral dos Trabalhadores, representante dos funcionários grevistas, discutindo rudemente, com trocas de acusações e ofensas e numa tentativa de se valer de autoridade, o vereador deu voz de prisão ao cidadão da platéia. Não parou por aí, pois, acirrados ainda mais os ânimos, com ameaças dos dois lados, o presidente da Casa de Leis encerrou a sessão temeroso pela integridade física dos presentes.

Quando tudo parecia terminado, já no hall da Câmara, o vereador Marcos o Tonho voltou a discutir, já em tom mais elevado, com os manifestantes, que acabou em luta corporal, abafada e apartada por assessores e munícipes presentes.

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