Início Sem categoria Taxistas querem contrapartidas à regulamentação do Uber

Taxistas querem contrapartidas à regulamentação do Uber

0
Limitação de veículos do Uber na cidade e a criação de aplicativo são algumas das demandas dos taxistas / Foto: Felipe Nunes

Carol Nogueira

publicidade

Após receber representantes do Uber para discutir a regulamentação do serviço em Osasco, o prefeito Rogério Lins (PTN) recebeu um grupo de taxistas em seu gabinete na quarta-feira, 25, para discutir incentivos à categoria.

Como contrapartidas à regulamentação do Uber, os taxistas reivindicam redução de taxas e impostos municipais, criação de um aplicativo específico para táxis e a concessão de dois anos de prorrogação para a troca de veículos que completam cinco anos de uso, após aprovação na vistoria.

publicidade

Os taxistas também querem a limitação de veículos que prestam serviço com o Uber no município. “Sou a favor da regulamentação, desde que seja uma quantidade de carros que a cidade comporta. Hoje, está tirando o serviço dos taxistas”, diz o taxista Luiz Soares da Silva, 75, morador da Cidade das Flores. “O faturamento caiu e eles pegam passageiros bem perto do nosso ponto”, lamenta.

A categoria solicitou a continuidade do diálogo junto à Prefeitura para discutir formas de tornar o táxi mais competitivo. “Buscaremos juntos a melhor solução para o grupo e para o município”, disse o prefeito. Atualmente, a frota de táxis de Osasco tem aproximadamente 500 veículos.

Redução de impostos e taxas é uma das reivindicações

publicidade

Anualmente os taxistas do município tem que desembolsar cerca de R$ 1 mil reais para o pagamento de taxas e impostos municipais, como Imposto sobre Serviço (ISS), uso do solo e renovação do alvará.

“São as taxas mais caras da região e estamos conversando com o prefeito, que se comprometeu a tentar exonerar parte dos tributos”, disse Danilo Pereira, 32, taxista em Osasco há 15 anos.

Enquanto aguarda regularização, motorista do Uber vive tensão

Há três meses o motorista Sérgio Gonçalves de Souza, 56, morador de Osasco, que trabalha no Uber convive com o temor de confrontos com taxistas. “Verifico se o passageiro não está perto de algum ponto de táxi e sempre peço para ir no banco da frente. Certa vez uma moça reclamou do serviço na empresa e eu expliquei que era devido às ameaças dos taxistas”.

publicidade

“Nunca aconteceu nada comigo porque eu sou cauteloso, mas tenho amigos que já tiveram o carro danificado por taxista. Se acontece algo, o prejuízo é todo nosso”. Para ele, quando o serviço for regulamentado, “com certeza vai melhorars, nada clandestino é bom”.

 

publicidade