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Mônica Veloso: Tempo de pensar sobre o futuro das nossas crianças

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Mônica Veloso - diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco

Nova colunista do Visão, Mônica Veloso é secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco
 Mônica Veloso é secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco

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Há um grave dilema que o Brasil precisa enfrentar com muita energia na atualidade: trata-se da questão da violência.

Muitas são as vezes que os cidadãos se sentem privados em seu direito de ir e vir em função da escalada do pânico, do medo e da impunidade.

Os números são assustadores e uma parte da imprensa faz um desserviço quando transforma a questão da violência como mais um produto a ser explorado.

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De outro modo há um esforço cotidiano que estamos acompanhando em relação a ações dos governos em várias frentes para minimizar esta questão, o que se soma às iniciativas individuais que buscam romper este tempo de perplexidades.

E em todas as ações que objetivam minimizar este e outros tantos dramas sempre lembro que as soluções não podem ser limitadas apenas à esfera policial e carcerária.

É óbvio que a polícia tem um papel relevante nesse processo, mas a questão da segurança não será equacionada apenas com o crescimento do número de viaturas e com a quantidade de vagas nas cadeias.

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Faço este diálogo no momento em que meu coração está apertado, na medida em que acompanhei estarrecida a maneira como o Congresso Nacional debateu e decidiu a questão da redução da maioridade penal.

O modo como este tema foi tratado não me deixa dúvida sobre o quanto é preocupante o momento que a sociedade brasileira tem atravessado. Seja porque a decisão adotada materializa um grande retrocesso no que diz respeito às políticas públicas materializadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), seja porque o modo como a decisão foi conduzida revela extrema falta de apreço à democracia em relação à postura do presidente da Câmara Federal.
A decisão reduz de 18 para 16 anos a idade penal para os crimes considerados graves, crimes hediondos – como latrocínio e estupro, homicídio doloso – intencional, lesão corporal seguida de morte. É parte de uma agenda conservadora que se apresenta como a solução para os males da contemporaneidade.

Este é o momento de pensar com muita responsabilidade sobre os caminhos que estamos construindo para a nossa juventude.

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Mônica Veloso é diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco

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