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“Traição” do PSC gera turbulência política

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Plenário da Câmara; grupo de vereadores articulou rebelião na base / Foto: Eduardo Metroviche

Plenário da Câmara; grupo de vereadores articulou rebelião na base / Foto: Eduardo Metroviche
Plenário da Câmara; grupo de vereadores articulou rebelião na base / Foto: Eduardo Metroviche

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A exoneração de 30 funcionários da Secretaria de Indústria, Comércio e Abastecimento (Sica) ligados ao PSC, inclusive o ex-secretário Marcos Arruda, é a primeira turbulência política do governo do prefeito Jorge Lapas (PT), que completou 100 dias na quarta-feira, 10 (leia na página 4).

Oficializadas no sábado, 6, as exonerações ocorreram após a tentativa de obstrução na Câmara, liderada pelo vereador Rogério Silva (PSC), da votação de um pedido de remanejamento orçamentário de R$ 8 milhões feito pela Prefeitura, em sessão extraordinária no dia 4.

                                          “Houve erro grave”, diz prefeito

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A ação foi definida como “traição” por Lapas. “O partido que participa da administração não pode votar contra um projeto importante, que era uma transposição orçamentária, um projeto simples, de fácil interpretação”, disse, com exclusividade ao Visão Oeste na segunda-feira, 8.

Na quarta, Lapas afirmou que o diálogo com outros partidos da base sobre o episódio aponta para o “entendimento que houve erro grave, de quebra de confiança, e de que estávamos certos em tomar essa decisão”.

O chefe de gabinete, Waldyr Ribeiro, comanda interinamente a Secretaria de Indústria, Comércio e Abastecimento até a escolha de um novo nome. Lapas afirmou que a decisão “pode ser escolha política ou técnica”.

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“O secretário tem que ter capacidade técnica, mas não eliminamos indicação política”, disse. Ele mandou um recado à base aliada: “Não tenho pressa, vamos esperar a poeira assentar, ver como a Câmara se comporta”.

“Stand by”
O PSC ainda não se pronunciou sobre o caso ou se pode passar a fazer oposição ao governo. Rogério Silva, que é presidente do diretório municipal do partido, disse à reportagem que a questão está em “stand by” e que deve se pronunciar na próxima semana.

Vereador Dinei Simão garante que continua na base e partido pode ficar dividido

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Se decidir migrar para a oposição, o PSC deve ter problemas com seu outro representante na Câmara Municipal, Dinei Simão, que garantiu nesta quinta, 11, que continuará na base do governo Lapas. “Deixei claro para ele [o prefeito] que eu continuo na base”.

Simão afirma que ainda não conversou com Rogério Silva sobre o tema. “Até porque ele [Silva] foi a parte mais afetada. Ele praticamente estava tomando conta da Sica, com o Marcos Arruda, tinha um pessoal mais dele do que meu lá”.

Na segunda, questionado sobre se o PSC ficaria ou não na base, Jorge Lapas afirmou que os membros da legenda “vão seguir o caminho que quiserem, da administração estão fora”.

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Grupo
A postura de Lapas frente à “rebelião” enfraqueceu o grupo formado por vereadores que, apesar de eleitos na base aliada, dizem ter uma postura independente na Câmara.

Além de Dinei Simão e de Rogério Silva, o grupo teria ainda Olair Oliveira, o Maluco Beleza (PHS), Batista Moreira (PTdoB) e Alex da Academia (PDT).

Dinei Simão diz que se retirou. “Com a retirada da Sica do PSC, bati na mesa e me retirei desse grupo dos cinco”, disse Simão.

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