Início Opinião Um olhar para o outro

Um olhar para o outro

0

No dia 3 de dezembro, foi celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Mesmo que a data não seja lembrada por muitos brasileiros ou divulgada massivamente pela grande imprensa, é de fundamental importância na luta contra a invisibilidade que enfrenta mais de 20% dos cidadãos do país.

publicidade

É difícil mensurar quais são as maiores dificuldades enfrentadas por um cadeirante, mas nos grandes centros urbanos, a falta de acessibilidade, de respeito e o preconceito caminham juntos. Não se trata apenas de rebaixar guias ou colocar corrimões em rampas e escadas, é preciso que todos nós sejamos capazes de enxergar e respeitar o próximo, atendendo as necessidades de cada um.

Este respeito passa pelo modelo de cidade que construímos, mas também pelas relações interpessoais. Pensar aonde estão ou para onde vão, ou como pessoas com deficiência se deslocam pela cidade e acessam seus equipamentos, é algo importantíssimo.

publicidade

Os moldes das cidades tradicionais que construímos não atendem as demandas dessa parcela da população. A ausência de condições de circulação, além da pouca receptividade para com as pessoas com eficiência, reduzem suas interações sociais, limitando-se a sua zona de conforto. A arquitetura das cidades e o comportamento de seus cidadãos são, nestes casos, práticas que estão cerceando a liberdade de uma quantidade enorme de pessoas.

Faço um convite para uma reflexão sobre “o olhar para o outro”, para aqueles que são ignorados por gestores públicos, pela sociedade civil, por empresas privadas e que precisam ter as garantias constitucionais de seus direitos asseguradas. Uma cidade amigável para as pessoas com deficiência é também uma cidade amigável para todos.

Marcos Martins – Deputado estadual

publicidade

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui