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Unifesp promete cercar terreno

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Área de 211 mil metros quadrados em Quitaúna virou depósito de entulho  / Fotos/Eduardo Metroviche
Área de 211 mil metros quadrados em Quitaúna virou depósito de entulho / Fotos/Eduardo Metroviche

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Após reportagem e críticas na Câmara Municipal pelas reclamações do estado de abandono do terreno de 211 mil metros quadrados, em Quitaúna, onde será construído o campus definitivo de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a instituição afirmou, em nota, que a área será cercada até o fim de abril. “Neste mês será concluída a licitação do cercamento da gleba”.

“Neste mês será concluída a licitação do cercamento”

O abandono do terreno, usado para despejo irregular de entulho e lixo, entre outros problemas, gerou críticas na Câmara Municipal. O vereador Valdir Roque (PT) protestou contra a situação da área e enviou uma carta com questionamentos à direção da universidade.

Em resposta lida pelo parlamentar na Casa esta semana, a instituição afirma que o prazo previsto para o início do cercamento do terreno é até abril. “Esperamos que, desta vez, os prazos não só sejam cumpridos como sejam acelerados, visto que já enfrentamos um atraso grande no local”, afirmou Valdir Roque.
A demora no andamento dos projetos no campus Osasco ocorre, de acordo com a Unifesp, por fatores como “o perímetro da gleba, de quase 2 km de comprimento, com diversas declividades a serem corretamente solucionadas em projeto e obra”.

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Outra justificativa é falta de pessoal. “Para sanar este problema, a Unifesp ampliará em breve seu quadro de pessoal, com concurso em andamento para a contratação de mais 21 profissionais, entre arquitetos, engenheiros e técnicos em edificações, sendo que três deles serão alocados no Campus Osasco”.

A reitora Soraia Smaili em audiência pública ano passado
A reitora Soraia Smaili em audiência pública ano passado

Campus ainda não tem projeto executivo

Anunciada pelo governo federal em 2008, a Unifesp começou a funcionar em 2011 em um prédio provisório, cedido pela Prefeitura, no Jardim das Flores. Já o campus definitivo, quase seis anos depois, ainda não tem sequer um projeto executivo.
A Unifesp afirmou à imprensa que “o anteprojeto do primeiro grande edifício do campus, com cerca de 30 mil m², já foi desenvolvido e está em estágio final de aprovação. A licitação do projeto executivo será lançada em março”.

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Além disso, a instituição informou, em resposta ao vereador Valdir Roque, que “o projeto executivo [do campus] estará concluído até o final de 2014, quando será lançada a fase final da licitação das obras”.
Estas declarações contrastam com o que foi anunciado pela reitora da Unifesp, Soraya Smaili, em audiência pública em Osasco em junho do ano passado, quando foi firmado um acordo de cooperação técnica entre a instituição e a Prefeitura.

Na ocasião, ela apresentou um projeto de construção de um campus semelhante ao de São José dos Campos e declarou que a licitação para o início da primeira fase das obras duraria de seis a nove meses – prazo que se encerra este mês – e que, após o início, a previsão para a construção do prédio seria de 18 meses.
Se em junho do ano passado, com base nas informações passadas pela reitora, a previsão era de que a primeira fase da obra do campus fosse entregue entre o fim de 2015 e o início de 2016; agora, mesmo que sejam cumpridos os novos prazos informados pela direção da Unifesp, a estimativa é de que a primeira fase da obra do campus só seja entregue no início de 2017.

A passos lentos

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– Abril de 2008: governo federal anuncia a implantação da Universidade Federal em Osasco; no mesmo ano, foi comprado por R$ 25 milhões pelo Ministério da Educação o terreno, que pertencia ao Exército, para a construção do campus

– Março de 2011: Unifesp Osasco entra em atividade, em prédio provisório, cedido pela Prefeitura, com cinco cursos de graduação: Administração, Ciências Atuariais, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Relações Internacionais.
– Junho de 2013: é firmado um acordo de cooperação técnica entre a Unifesp e a Prefeitura para as obras do campus. Na ocasião, reitora apresentou projeto de um campus semelhante ao de São José dos Campos e deu a previsão de que licitação para obras duraria de seis a nove meses. Após serem iniciadas, a estimativa é que as obras durem cerca de 18 meses

Março de 2014: Terreno da Unifesp continua em estado de abandono, alvo frequente de despejo irregular de lixo e entulho; após questionamentos na imprensa e na Câmara, instituição promete iniciar cercamento da área do futuro campus até abril. Além disso, Unifesp informa que o projeto executivo do campus será concluído até o fim do ano e, após isso, será lançada a fase final da licitação das obras

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2017: Se não houver novos atrasos, pelas informações passadas pela direção da Unifesp, obras da primeira fase do campus devem ser concluídas entre o fim de 2016 e o início de 2017

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