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UPA Centro deve desafogar Hospital Antonio Giglio

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O prefeito de Osasco, Jorge Lapas, discursa em evento que marcou o início das obras / Foto: Ivan Cruz
O prefeito de Osasco, Jorge Lapas, discursa em evento que marcou o início das obras / Foto: Ivan Cruz

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Leandro Conceição

A Prefeitura de Osasco iniciou a obra de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro da cidade em evento na quarta-feira, 21. Implantada em parceria com o governo federal, a unidade atenderá casos de baixa e média complexidade e deve desafogar o Hospital Antonio Giglio, vizinho da UPA em construção.

Unidade deve entrar em funcionamento no ano que vem

“A UPA [Centro] vai absorver atendimentos clínicos que fazemos no hospital”, afirmou o secretário municipal de Saúde, José Amando Mota. De acordo com ele, a expectativa é que a nova unidade entre em funcionamento em cerca de um ano e meio e atenda, em média, 7 mil pacientes por mês na pediatria, 9 mil em ortopedia e 10 mil em clínica médica.

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A UPA Centro funcionará 24 horas e será construída em um terreno de 1,3 mil metros quadrados, cedido pelo governo do estado em troca de um terreno que pertencia à administração municipal na Superavenida, segundo a Prefeitura.
Serão dois andares com consultórios de diversas especialidades, além de salas de espera e recepção, urgência, classificação de risco, eletrocardiograma (ECG), raio x, inalação, sutura, curativos etc.

Outras unidades
Amando Mota e o prefeito Jorge Lapas (PT) avaliam que a implantação da UPA no Centro vai corrigir o “equívoco”, na avaliação deles, que foi a desativação do Pronto Socorro Central após a inauguração do Hospital Antonio Giglio, há quase duas décadas.
“[A unidade vai] trazer de volta para a região central um serviço de atendimento emergencial. Fazendo isso no hospital, se congestiona o hospital. O hospital deve receber pacientes indicados pelas unidades de saúde”, explicou Lapas.

Além da UPA Centro, a rede municipal de saúde de Osasco terá duas novas unidades em breve. Segundo o prefeito, no mês que vem deve ser inaugurado um Pronto Socorro do Jardim D’Abril e em março deve ocorrer a entrega de uma UPA no Jardim Conceição.

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“Gestão compartilhada” pode ser testada em novas unidades

Amando Mota diz que modelo é mais eficiente / Foto: Rodrigo Petterson
Amando Mota diz que modelo é mais eficiente / Foto: Rodrigo Petterson

Paralelamente ao processo licitatório para a seleção de uma Organização Social (OS) para fazer a “gestão compartilhada” do Hospital Antônio Giglio, no Centro, a Prefeitura de Osasco estuda adotar o modelo em unidades de saúde municipais novas, caso a proposta para o hospital enfrente novos problemas na Justiça.

A informação é do secretário de Saúde, José Amando Mota. “As unidades novas são mais fáceis de terem a gestão compartilhada, por já serem implantadas assim”.
O presidente do Sindicato dos Servidores de Osasco e Região (Sintrasp), Jessé de Castro Moraes, diz que o que o secretário define como “gestão compartilhada” trata-se, na verdade, de um projeto de “terceirização”. “Há alternativas para melhorar o serviço sem terceirizar”, diz.

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Já o prefeito Jorge Lapas (PT) afirma que “as experiências que a gente conhece de outras cidades [mostram que com a gestão compartilhada] o atendimento se torna mais eficiente com um custo menor”. A licitação para a escolha da OS deve ser concluída em março, segundo o prefeito.
O secretário municipal de Saúde, José Amando Mota, diz que “em função da falta de médicos, da dificuldade de controlar um hospital, sob vários aspectos, decidimos experimentar um novo modelo [de gestão]”.

Imbróglio
A contratação de uma OS para “gestão compartilhada” do Hospital Antônio Giglio foi tentada em 2009, na gestão do ex-prefeito Emidio de Souza (PT). Mas a proposta ficou suspensa devido a um imbróglio judicial após ação movida por um movimento contrário, que alegou que as OSs pagam salários menores do que o poder público e cobram metas abusivas de produtividade aos funcionários, entre outras. No fim de 2013, a Justiça liberou a Prefeitura a prosseguir com o projeto.

Se houver novos problemas judiciais para a implantação da “gestão compartilhada” – “terceirização”, para os críticos – , a saída pode ser implantar o modelo para ser testado em unidades menores. “De repente, se não tivermos êxito [em implantar] esse modelo no hospital, [pode ser] que a gente possa implementá-lo em uma UPA nova, por exemplo. Até para poder confrontar os modelos, avaliar qual o mais eficiente”, declara Amando Mota. “Se o novo modelo [de gestão] funcionar, a própria população vai pressionar para que se mude o modelo. Precisamos experimentar esse modelo novo”, completa o secretário. (Leandro Conceição)

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