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Velhas Virgens e o underground brasileiro

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William Galvão

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Com um misto de humor cômico, assuntos sexuais e alcoólicos e uma dose de rock and roll, os paulistanos do Velhas Virgens têm rodado o país há 27 anos e conquistado cada vez mais espaço no underground brasileiro. A banda já tem 12 discos de estúdio gravados de forma independente e engata um 13º, que deve sair no sistema de financiamento coletivo, segundo trabalho que fazem dessa forma.

O vocalista do Velhas Virgens, Paulão de Carvalho, deu entrevista ao Visão Oeste e falou sobre o show que fazem em Osasco neste domingo, 29, e sobre os projetos da banda para o futuro.

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Visão Oeste: O que os fãs de Osasco e da região podem esperar do show da turnê comemorativa dos 15 anos do Vocês não Sabem Como é Bom Aqui Dentro desse domingo?

Paulão: A gente toca rock’n’roll faz muito tempo e pra nós isso é sinônimo de por fogo na galera. Tem muito som, chacoalhação de cabeça e putaria, tudo regado a muita cerveja. Vamos tocar todo o disco, que tem alguns momentos bem “hard” (nada comparável ao peso do Krisium [banda de trash metal que também toca no festival], claro). E no fim tocamos alguns dos nossos sons mais hard core.

Visão Oeste: Como uma banda independente consegue sobreviver tanto tempo quanto o Velhas Virgens, que já está na estrada há 27 anos? No caso de vocês, isso foi uma opção ou não? 

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Paulão: Dia 12 de outubro completaremos 27 anos. A gente sobrevive na independência porque é demente no palco e organizado fora. Além de fazermos tudo de pau duro e nos divertirmos com a parada toda. Viramos a maior banda independente do Brasil por acaso: ninguém queria nosso terceiro disco [Senhor Sucesso, 1999] e aí nos restou abrir nossa gravadora e cair na estrada. Pouco aparecemos na mídia, mas não dependemos de mídia paga nenhuma. Temos uma legião de fãs pelo Brasil, onde fazemos mais de 90 shows por ano. Você não vai nos ouvir na trilha sonora da Malhação. Quem precisa desta merda?

Visão Oeste: A banda lançou o DVD de 25 anos em 2012 no sistema de financiamento coletivo e segue agora com a “vaquinha” para o próximo álbum de inéditas. É mais complicado trabalhar nesse esquema de financiamento coletivo, como a banda enxerga esse processo? 

Paulão: É sempre complicado pra quem é independente, mas desta forma a gente consegue envolver os fãs mais profundamente nos nossos projetos. E no fim das contas, tudo que fazemos é para eles mesmo. A gente passa perrengue, corre riscos, mas vale à pena por que temos liberdade artística e nenhum vagabundo dá palpite no nosso trabalho.

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Visão Oeste: Quais são os projetos da banda para os próximos meses?

Paulão: Estamos lançando nosso terceiro sabor de cerveja. Acabamos de abrir uma loja/bar de cervejas artesanais. Estamos ensaiando nosso novo CD, que vai chamar-se Todos os dias a cerveja salva minha vida!. Vamos gravar duas hard marchinhas de carnaval inéditas, com tema da Copa do Mundo, pra promover nosso Carnavelhas 2014, que vai acontecer no início do ano que vem. Ai é sair em turnê com o show do CD novo. Simbora beber e cair na estrada com a gente?

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