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“Vinha com muita ‘grudação’ e beijação” , diz jovem que acusa padre da Diocese de Osasco de importunação sexual

Padre nega as acusações: “Nada fiz daquilo que está sendo acusado”

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O padre Omar Reis, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Araçariguama, nega as acusações / Foto: reprodução / Facebook

Em cartas, duas adolescentes que acusam de importunação sexual o padre Omar dos Reis, da Diocese de Osasco, afastado da Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Araçariguama, detalham supostos abusos cometidos pelo pároco, que nega as acusações.

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Uma das garotas, de 17 anos, afirmou que o padre “vinha com muita ‘grudação’ e beijação, falando para mim que eu era uma moça linda, e ficava me abraçando e me beijando, então percebi que ele não estava ali como um padre e sim como um homem qualquer”, escreveu. Divulgadas com exclusividade pelo portal G1, as cartas foram assinadas por responsáveis pela adolescente e entregues à Diocese e à Polícia Civil.

“No mês de setembro eu e mais uma coroinha após acabar a missa encontramos com o padre e, por educação, pedimos a bênção, mas ele simplesmente me puxou, lambeu minha orelha e, em seguida, mordeu”, relatou.

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“Depois desse acontecido, fiquei em choque pelo que ele tinha feito. Achava que era apenas uma brincadeira, mas fui percebendo que ele estava agindo com maneiras muito diferentes com todos os coroinhas”, continuou a menina. Ela se afastou na igreja após essas situações.

A outra adolescente, também de 17 anos, relatou um episódio de uma ocasião em que encontrou o padre: “Estendi a mão e pedi a benção a ele. Ele me puxou, abraçou e disse: ‘por que você é ruim comigo?’. Logo em seguida, ele mordeu minha orelha. Na hora eu me afastei em silêncio. Fiquei em choque. Depois ele fez o mesmo ato com outra coroinha. Na época, encarei como uma ‘brincadeira’. A partir daquele dia não me senti segura dentro da igreja”.

Uma ex-funcionária da Paróquia faz acusações semelhantes. Ela diz que o padre chegou a acariciar seu braço e tentar beijá-la, além de, em uma ocasião, chegar por trás e acariciar sua barriga enquanto ela lavava louça, entre outros supostos abusos, que a fizeram deixar o cargo. A mulher acusa ainda o pároco de agir de forma agressiva com coroinhas, ministros e com ela.

“Nada fiz daquilo que está sendo acusado”, diz padre

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O inquérito foi relatado à Justiça, que aguarda manifestação do Ministério Público. O padre, que nega as acusações e diz que são infundadas, foi afastado de suas funções pela Diocese de Osasco deste o fim de janeiro.

“Estou consciente que nada fiz daquilo que está sendo acusado, de modo que eu estava há pouco tempo na paróquia e a gente teve a oportunidade, principalmente nesse tempo de pandemia, de tentar, em primeiro lugar, ressaltar o valor da religiosidade”, afirmou o padre Omar, ao G1.

Em uma reunião sobre o afastamento do pároco, a Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Araçariguama, chegou a ter confusão envolvendo defensores e acusadores do padre.

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