Início Esportes Zé corneta: Deu ruim, Getterson

Zé corneta: Deu ruim, Getterson

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Corintiano ficou menos de 6h no São Paulo

Corintiano ficou menos de 6h no São Paulo
Corintiano ficou menos de 6h no São Paulo

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Era a realização de um sonho. Mesmo em idade avançada para os padrões do mercado do futebol, o jogador de 25 anos, de origem pobre, vindo de um time pequeno do Paraná, chega a um dos maiores clubes do país, em São Paulo, principal cidade da América Latina. Mas o passado, ah o passado…

 
Foi um mico de entrar para a história do futebol a passagem relâmpago de Getterson pelo São Paulo. Pô, Getterson, errou feio, errou rude! O São Paulo pensou em te contratar, já vai e apaga os tweets em que declara torcida pelo Corinthians. Melhor: apaga sua conta no Twitter, porque, né… quanta groselha, que vergonha alheia! hahahaha

 
Agora, galera, pegaram muito pesado com o rapaz. É um jovem pobre, sem muita instrução, sem orientação, que não tinha a menor noção da dimensão que aquilo poderia causar.

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Você acha que todos os jogadores do seu time torcem pelo seu time? Para, vai… “Ah, mas ele xingou o São Paulo…”. Você acha que Neymar, quando criança, torcedor do Palmeiras, nunca brincou, chamando os santistas de algo como “sardinhas”? Que o Lucas Moura, jovem corintiano, nunca brincou chamando os são-paulinos de “bambis”, como o Getterson chamou? Que o santista Evair nunca brincou com palmeirenses? Que o santista Sócrates nunca zoou algum corintiano?

 
“Mas foram grandes jogadores, viraram ídolos…”. E quem garante que isso não poderia acontecer com o Getterson, caso o extremismo não falasse mais alto?

 
A diferença entre eles e Getterson é a disponibilidade das redes sociais para os jogadores, assim como todos nós, passarem vergonha na internet. Fica o alerta para os atletas e um puxão de orelha para os clubes. Vamos parar de tratar a molecada só como mercadoria e orientá-los.

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