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Após morte de motociclista, vereadores pedem mais fiscalização contra cerol em Osasco

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O motociclista Higor Gabriel Assunção Alves morreu aos 21 anos após acidente com linha com cerol no Jaguaribe / Foto: reprodução/redes sociais

A morte do jovem motociclista Higor Gabriel Assunção Alves, aos 21 anos, vítima de uma linha com cerol, na tarde de domingo (20), gerou indignação e debate na sessão da Câmara de Osasco realizada nesta terça-feira (22).

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O acidente ocorreu na Avenida Flora, Jaguaribe. O vereador Paulo Júnior (PP) apresentou uma Moção de Apelo solicitando à Prefeitura uma fiscalização mais rigorosa. “Um jovem de apenas 21 anos perdeu a vida ao trafegar de moto pela Avenida Flora, foi vítima de uma linha com cerol. Precisamos de uma fiscalização mais rigorosa”, alertou.

Autor da lei nº 4939/2019, que instituiu no Calendário Oficial de Osasco a Semana da Conscientização da Proibição da Comercialização do Cerol, Linha Chilena ou Assemelhadas, Josias da Juco (PSD) lamentou a morte de Higor e reforçou que a cidade tem legislação que proíbe a comercialização deste material.

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“Um jovem com 21 anos, usando capacete, perder a vida dessa maneira deixa a família e os amigos desolados. Precisamos reforçar a fiscalização e promover mais campanhas de conscientização para que as pessoas compreendam que as pessoas correm riscos”, disse Josias.

Segundo revelou o vereador Emerson Osasco (Rede), seu irmão recentemente foi vítima de uma linha cortante e só não sofreu ferimentos graves porque usava uma roupa mais reforçada. “Eu soltava pipas, sempre via na TV casos de vítimas. Mas agora essas linhas estão ficando cada vez mais potencializadas e aumentam os riscos de morte. Meu irmão passou por acidente semelhante, mas ele usava uma roupa reforçada e por três centímetros não pegou a jugular”, comentou Emerson Osasco.

Délbio Teruel (DEM) também reforçou a necessidade de aumentar a fiscalização e falou sobre a irresponsabilidade daqueles que comercializam esse tipo de material. “Hoje é um perigo o uso das linhas cortantes. É muita irresponsabilidade de quem vende esse tipo de linha, inclusive para crianças. É preciso apertar a fiscalização”, ressaltou.

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Ao final da sessão do Expediente, foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao jovem Higor Assunção.

Leis proíbem uso de linhas cortantes

Josias da Juco lembrou que já existem leis municipais que proíbem o uso de linhas cortantes: a Lei 4459/2010, de autoria do ex-vereador Fábio Yamato, e Lei 3383/1997, do ex-vereador Cláudio Piteri.

Segundo dados da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM), centenas de acidentes por ano com motos são provocados por essas linhas, sendo que 50% causam ferimentos graves e 25% são fatais.

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