Início Política Délbio Teruel alerta para “falta de compromisso” de candidatos “forasteiros”

Délbio Teruel alerta para “falta de compromisso” de candidatos “forasteiros”

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O pré-candidato a deputado estadual Délbio Teruel durante entrevista ao Visão Oeste

Pré-candidato a deputado estadual, Délbio Teruel (Podemos), ex-vereador e ex-secretário municipal de Esportes de Osasco, destacou, em entrevista ao Visão Oeste durante visita à redação, a importância, segundo ele, de os moradores elegerem representantes da região a deputado estadual e federal para fortalecer a busca por recursos estaduais e federais para áreas como Segurança e Saúde.

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Para Délbio, Osasco, Barueri, Carapicuíba e região têm condições, juntas, de eleger dez deputados estaduais – hoje são quatro.”[Na eleição] Tem o ‘efeito Tiririca’, que acaba chegando aqui, levando muito voto e a gente acaba perdendo a oportunidade de ter nossos representantes efetivamente daqui”, afirma.

“Muitas vezes o candidato vem de fora e não tem compromisso com a cidade, a gente acaba ficando meio ‘órfão’”, completou o pré-candidato.

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Na campanha, ele fará dobrada com a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional do Podemos. Apesar de ela não ser moradora da região, Délbio garante que a parlamentar não pode ser considerada “forasteira”. “Ela é filha de gente de Osasco, acompanha aqui a nossa região, tem uma entrada muito forte. É a deputada que mais trouxe recursos aqui para a cidade de Osasco, para a região Oeste, tem trabalhado muito forte aqui”, defende.

Délbio Teruel também faz um balanço do governo do prefeito Rogério Lins: “Ele pegou a cidade arrebentada pelos governos do PT. É uma cidade que precisa ser reconstruída praticamente, porque a irresponsabilidade dos governos petistas que passaram por aqui acabou com a cidade. E o prefeito está corrigindo aos poucos, está ajeitando. Esse primeiro ano que passou teve muita dificuldade, mas agora a coisa vai começar a entrar no eixo, com certeza”.

Disputa à presidência 

Crítico do PT, Délbio ataca contra a manutenção da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência mesmo com o ex-presidente preso. “Isso é uma tremenda vergonha para o país. É um negócio que não dá para acreditar, não dá para entender. Essa situação de os aliados do Lula quererem impor uma situação de ele ser candidato e ele não pode ser candidato”, afirma.

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“Ele está preso, está condenado, não é mais ficha limpa, é ficha suja, tem problemas sérios com a Justiça, deve ter novas condenações. Estão insistindo nisso por que? Porque o PT não tem mais quadro”, completa o pré-candidato.

Délbio Teruel alerta para “falta de compromisso” de candidatos “forasteiros”

Pré-candidato a deputado estadual, Délbio Teruel (Podemos) destacou, em entrevista ao Visão Oeste durante visita à redação, a importância, segundo ele, de os moradores elegerem representantes da região a deputado estadual e federal para fortalecer a busca por recursos estaduais e federais para áreas como Segurança e Saúde.

Leia a entrevista completa: https://www.visaooeste.com.br/delbio-teruel-alerta-para-falta-de-compromisso-de-candidatos-forasteiros/

Publicado por Jornal Visão Oeste em Quinta-feira, 28 de junho de 2018

Sobre o ex-governador Geraldo Alckmin, o pré-candidato avalia que ele não engrena nas pesquisas de intenção de voto à presidência por sua postura “pouco incisiva”. “A gente sabe o jeito dele, mais tranquilo, mais calmo, alguns falam até ‘picolé de chuchu’, não é? É uma figura que a gente tem muito respeito, sabe que é o estilo dele, mas ele precisava ‘bater’ mais um pouco”.

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Confira a entrevista:

Visão Oeste: Quais seus principais projetos para caso seja eleito deputado estadual?

Délbio Teruel: O principal é buscar trazer recursos para a nossa região, para a nossa cidade, ter efetivamente um representante junto ao governo do estado que possa ajudar mais a nossa região. A gente sente muito essa falta, em todas as áreas, Esporte, Saúde, Educação… enfim. A gente precisa trabalhar essa questão de efetivamente eleger representantes da região Oeste.
Tenho também muitas outras ideias. Vamos trabalhar muito a questão da Segurança, na qual a região tem sofrido bastante, apesar de Osasco ter diminuído muito os índices de violência, de roubos na cidade. É difícil, sem viaturas, sem quantidade de policiais necessária…
Na Saúde, vários itens que a gente precisa trabalhar em cima para trazer mais o estado para nossa região.

Hoje a região tem quatro deputados estaduais, Marcos Martins (PT), de Osasco, Gil Lancaster (DEM), de Barueri, Márcio Camargo (PSC), de Cotia, e João Caramez (PSDB), de Itapevi, que entrou como suplente. Quantos deputados estaduais acredita que a região pode ter?

Pela quantidade de eleitores, a gente pode ter lá para uns dez deputados estaduais. A região do ABC acaba fazendo um número maior de deputados, eles concentram a votação…

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E por que a região não elege mais deputados?

Entra muita gente de fora, não é? Tem o ‘efeito Tiririca’, que acaba chegando aqui e levando muito voto. A região é muito próxima da Capital também, acho que a influência de muita gente de fora, de candidatos de fora acaba entrando forte em Osasco, Carapicuíba, Barueri, enfim, nessa região. E a gente acaba perdendo a oportunidade de ter nossos representantes efetivamente daqui.
Imagine que cada cidade da região fizesse um representante pelo menos… a força que a gente ia ter. É importante a gente bater muito em cima disso. Muitas vezes o candidato vem de fora e não tem compromisso com a cidade, a gente acaba ficando meio ‘órfão’.

Você citou alguns problemas na área da Segurança, na Saúde. Acredita que a falta de um número maior de representantes na Assembleia Legislativa influenciam neste sentido?

Com certeza. Sempre quando a gente fala de Saúde aqui, lembra do [ex-deputado estadual e ex-prefeito] Celso Giglio [que morreu no ano passado, aos 76 anos], que sempre foi muito ligado nessa questão, tinha uma participação grande, corria atrás, trazia as ajudas para cá. E quanto mais deputados, maior a bancada da nossa região, mais a gente consegue trazer recursos, mostrar a força da nossa região junto ao governo do estado. Senão, as verbas, os projetos que o governo do estado implemente acabam indo para outros lados, onde há um número maior de deputados.

Você migrou recentemente do PMN para o Podemos. Por que mudou de partido?

No PMN, na eleição passada, como candidato a prefeito, tive muita dificuldade. Em 2012, por pouquíssimos votos acabei não indo para o segundo turno, minha candidatura não interessava ao pessoal do PT, ao pessoal que estava no governo. Estava no PSD e saí porque o PSD se aliou ao governo do PT em Osasco e não tinha condição nenhuma de eu ficar, minha posição sempre foi muito clara, de oposição, contra a administração do PT.
Acabei ‘rodando’, tentando articular com partidos. Fui para o PMN, onde também tive muita dificuldade. Vim para o Podemos porque estou no governo, ajudando o prefeito Rogério Lins (Podemos). Vim no começo do mandato [de Lins] para a Secretaria de Esportes.
A gente trabalhou muito para tirar esse governo petista que tinha em Osasco e, quando o prefeito me convidou, acabei resolvendo ajudar, estar junto.
Vim para a Secretaria de Esportes, fizemos um trabalho muito sério lá de reformas, e o prefeito acabou me convidando para vir para o Podemos, a [deputada federal e presidente nacional do partido] Renata Abreu (SP)… conversamos bastante, falamos bastante com ela e acabei vindo para o Podemos.

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No Podemos, como pré-candidatos a deputado estadual em Osasco, há você, Gelso Lima, Ralfi Silva. Não são muitos candidatos?

Tem um pouquinho, né (risos)? Mas democracia é assim mesmo, dentro do próprio partido você acaba tendo várias outras opções, pessoas que querem ter oportunidade de ser candidatos. Então, a gente tem que respeitar a vontade, a possibilidade de cada um. Vamos ver até a reta final como vai ficar.

E a disputa para ser o “candidato do prefeito”?

Fica essa situação, mas a gente tem trabalhado muito junto, a Renata Abreu insistiu comigo para que eu fosse candidato. Até porque eles têm números na mão, fui candidato a prefeito, candidato a vice-prefeito, candidato a deputado estadual, federal. Então, tem um trabalho já dentro da cidade muito grande e isso acaba refletindo na rua, nas pesquisas.
Onde estou indo, o pessoal está obviamente indignado com a política, com a situação do país, e o que mais ouço é o seguinte: ‘Délbio, legal que você vai sair candidato, a gente tem em quem votar’. Isso está ajudando muito, estamos trabalhando muito nesse sentido.

Fará dobrada com quem na região?

Meu compromisso maior é com a [busca pela reeleição da deputada federal] Renata Abreu. Devo fazer dobrada com ela fechadinha em Osasco e o que puder fazer fora de Osasco também, para poder ter um pouquinho de voto de fora e ajudar na composição dos votos.

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Não é um contrassenso? Você defendeu votos em candidatos da região e Renata Abreu não é da região, apesar de ter se voltado aos municípios daqui nos últimos anos?

Não é um contrassenso por que? Porque ela é filha de gente de Osasco, ela acompanha aqui a nossa região, tem uma entrada muito forte. É a deputada que mais trouxe recursos aqui para a cidade de Osasco, para a região Oeste, tem trabalhado muito forte aqui. E fez do Podemos um partido forte, com candidatos fortes, candidato a senador, candidato a presidente.
Na convivência com ela, você vê que ela efetivamente está com vontade de trabalhar. Não considero a Renata Abreu hoje uma candidata de fora. Nada mais justo do que o próprio prefeito e todos nós incentivarmos e trabalharmos para que a Renata possa continuar fazendo esse trabalho na Câmara dos Deputados, estruture um pouco mais o partido.

Como avalia a gestão do prefeito Rogério Lins até o momento?

É muito difícil fazer uma avaliação de um governo que está chegando para botar a casa em ordem. Nós tivemos 12 anos de desmando, de total descaso com a cidade de Osasco. O prefeito Rogério Lins pegou a cidade arrebentada pelos governos do PT. É uma cidade que precisa ser reconstruída praticamente, porque a irresponsabilidade dos governos petistas que passaram por aqui acabou com a cidade.
Então, o prefeito está sofrendo, porque você assume a cidade e no mês seguinte a população já quer que esteja tudo funcionando. E infelizmente não é assim, as burocracias são muito grandes para colocar a casa em ordem, arrumar. Para se fazer uma licitação dentro da Prefeitura, você leva sete, oito meses. Como faz isso rapidinho, dentro da legislação, do que precisa ser feito? Demora um pouco.
É uma situação difícil, mas a gente que está perto, está acompanhando, tem trabalhado dia e noite para fazer a cidade voltar a andar, a ter as estruturas que precisa.
Eu, por exemplo, quando cheguei na Secretaria de Esportes, pelo amor de Deus… A Secretaria estava toda desestruturada, com dívidas, com problema, os próprios municipais todos precisando de reforma… Como você trabalha numa situação dessa? Não pode parar a cidade, tem que ‘trocar o pneu com o carro andando’, dar continuidade e ir corrigindo.
E o prefeito está corrigindo aos poucos, está ajeitando. Esse primeiro ano que passou teve muita dificuldade, mas agora a coisa vai começar a entrar no eixo, com certeza.

Quais suas principais realizações em um ano e três meses como secretário de Esportes?

O principal foi colocar a casa em ordem, reajustar a secretaria. Trabalhei muito e agradeço muito aos funcionários efetivos da secretaria, que ajudaram muito a fazer com que não parasse o que vinha sendo efetivamente feito, de competições, de jogos, de atletas.
Conseguimos realizar muitas coisas. Nos Jogos Regionais, Jogos Abertos, tivemos pontuações até maiores do que outras administrações e com uma quantidade de gente muito menor.
Quando cheguei na Secretaria, de acordo com o Ministério Público, na eleição de 2016, em outubro, tinha lá mais de 700 funcionários com contratos CLT. Assumi e hoje não tem mais praticamente nenhum. Infelizmente, perdemos nesses contratos vários professores que eram bons, que efetivamente davam aulas e fazem muita falta, só que, de um número de 700, esses eram 60, 70.
Fizemos várias reformas nos próprios municipais. Às vezes reformas que não aparecem, mas que são importantes. Um cano estourado, uma quadra com piso danificado, tela quebrada, alambrado sem iluminação, telhado…

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E quem você defende que o Podemos apoie para o governo do estado?

O Podemos deve ir com Márcio França (PSB).

E o que acha da escolha do partido em apoiar Márcio França?

É um bom nome. Pode ter a oportunidade de ser governador, está com a máquina na mão, o governo do estado, está muito bem com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). A gente também não entendeu muito essa ‘jogada’ como ficou… O Márcio deveria ser o candidato do Alckmin, o PSDB não aceitou, apareceu João Doria [pré-candidato tucano ao governo do estado]. É um momento novo: o PSDB sempre dominou o governo do estado e agora pode haver uma renovação com o Márcio França, do PSB.

Como avalia os outros pré-candidatos ao governo do estado?

O João Doria vem muito forte, vem da eleição a prefeito [de São Paulo], tem o desgaste de ter abandonado a Prefeitura para ser candidato ao governo do estado, mas está bem nas pesquisas e é um grande concorrente para o Márcio França, que deve crescer durante o período eleitoral.
O governo do estado deve ficar entre Márcio França e Doria. Luiz Marinho (PT) não tem chance nenhuma, o PT está, ainda bem, bem afastado da possibilidade de ter um ganho eleitoral nessa campanha. O [Paulo] Skaf (MDB) vem numa crescente, vem bem.

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Qual sua avaliação sobre os governos de Geraldo Alckmin (PSDB) no estado?

As pesquisas sempre deram um bom número para o governador no estado, que sempre fez um governo relativamente bom. Claro que sempre peca em algumas coisas com relação à Segurança, onde deixou muita coisa falha, alguns programas mais efetivos na área da Saúde…

Por que Alckmin está com dificuldade para emplacar nas pesquisas de intenção de voto à presidência?

Pelo posicionamento dele. O Alckmin sempre foi, assim… muito centrado, muito tranquilo. Acho que ele precisa ser um pouco mais incisivo. O país está precisando disso. A gente vê algumas lideranças se destacando falando muitas besteiras, sendo radicais demais, mas o Alckmin é o contrário, está muito retraído. Acho que ele precisa ser mais incisivo, mostrar um pouco mais.

Esse mais radical que você diz é o Bolsonaro? Ele está tirando votos do Alckmin?

O Ciro Gomes (PDT) também, que fala com mais efetividade. Falta um pouquinho disso para o Alckmin. A gente sabe o jeito dele, mais tranquilo, mais calmo, alguns falam até ‘picolé de chuchu’, não é? É uma figura que a gente tem muito respeito, sabe que é o estilo dele, mas ele precisava ‘bater’ mais um pouco.

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O Podemos vai manter até o fim a candidatura do senador Álvaro Dias (PR) à presidência ou deve compor com outro candidato?

Álvaro Dias é uma pessoa que a gente tem tido contato, não tinha um conhecimento maior, mas é uma pessoa maravilha, um senador muito responsável. As informações que a gente tem é que no Paraná, no Sul, ele é muito respeitado, tem um crédito muito grande, pelo trabalho que fez, pela administração quando foi governador do Paraná, e a gente acredita muito que possa haver um crescimento.
Infelizmente é aquela velha situação… Não conseguiu atingir ainda a parte mais de cima do país, Norte, Nordeste, mas com a campanha política vai ter a oportunidade de crescer.
É importante que ele vá até o final. Candidatura própria sempre é importante para o partido, para os candidatos a deputado, senador, enfim. Tem que manter a candidatura, até porque as ideias dele são muito boas.

Você é um dos maiores críticos do PT na região. Como vê o fato de o ex-presidente Lula, mesmo preso, continuar liderando as pesquisas e de o PT manter a candidatura dele à presidência?

Isso é uma tremenda vergonha para o país. É um negócio que não dá para acreditar, não dá para entender essa situação de os aliados do Lula quererem impor uma situação de ele ser candidato e ele não pode ser candidato.
Ele está preso, está condenado, não é mais ficha limpa, é ficha suja, tem problemas sérios com a Justiça, deve ter novas condenações. Estão insistindo nisso por que? Porque o PT não tem mais quadro. O PT não tem mais quem colocar. O Lula transformou o PT apenas no partido do Lula e hoje eles não têm mais ninguém, tanto que insistem que o Lula vai ser candidato, vai fazer campanha de dentro da cadeia… Que absurdo é esse?
A gente tem que parar um pouco para pensar e mostrar a realidade para a população. Aprontaram o que aprontaram, fizeram o que fizeram no governo federal… hoje estamos em uma crise tremenda no país pela irresponsabilidade e a roubalheira que esse pessoal implantou no governo federal.

Como avalia o governo Temer?

Acabou o mandato dele no momento daquela delação, com a gravação [do empresário Joesley Batista]. É um governo fraco, muito indefinido, sem apoio, sem credibilidade. Temer assumiu depois do impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff], tinha tudo para dar uma grande virada, definir o que era para ser feito e ir com firmeza, com força. Mas o que a gente pôde notar é que tinha muita participação dele, de gente do governo dele, em tudo quanto é tipo de escândalo.
Temer vai cumprir tabela até dezembro, até que o próximo presidente assuma e tome as medidas efetivas. Mas o governo dele já acabou.

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