Famoso por vídeos de operações policiais no YouTube e outras redes sociais, o delegado Carlos Alberto da Cunha foi afastado das ruas. O afastamento foi assinado pelo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz.
Com a decisão, o delegado terá de entregar armas e distintivo, passando a atuar apenas em serviços internos da Polícia Civil.
Além de críticas internas por supostas irregularidades em suas ações divulgadas nas redes sociais, Da Cunha virou alvo de processo por afirmar, em um podcast, que há “ratos e ratazanas na administração pública de São Paulo”. O delegado-geral afirma que ele usou “linguagem inadequada e comentários depreciativos à imagem institucional”.
O afastamento foi confirmado por Da Cunha em seu canal no YouTube. Ele diz que, desarmado, fica com a segurança em risco, que é vítima de perseguição e processará o delegado-geral por assédio moral. “Eu vou entrar na Justiça, porque é um absurdo deixar um delegado de polícia sem arma. Um delegado de polícia que fez [combate ao] crime organizado a vida inteira. Eu acho que não é esse o caminho não”, declarou.
“Estão querendo me sacanear por inveja”, afirmou o delegado, que tem mais de 3,3 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, onde divulga vídeos de suas operações policiais, principalmente em favelas.
Da Cunha afirmou ainda que tem pretensões políticas. “Se preparem, porque quando eu virar parlamentar o ‘pau vai comer'”.
