Os bancários iniciaram uma greve na terça-feira, 6, em 20 estados, além do Distrito Federal. Além do fechamento de agências, a estratégia inclui centros administrativos das principais instituições do país. Em Osasco, cidade que sedia a matriz do Bradesco, 97 agências amanheceram fechadas na quinta-feira, 8.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), até esta quinta estavam paralisadas 10.369 agências em todo o país. De acordo com o Procon-SP, mesmo com a paralisação, o consumidor continua com as obrigações de pagar boletos e faturas. As instituições em greve são obrigadas a oferecer outro local de pagamento.
O país conta hoje com 500 mil bancários, sendo 142 mil representados pelo Sindicato de São Paulo, Osasco e Região. Eles buscam reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales-alimentação, refeição, 13ª, cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada, além de pagamento para graduação e pós e melhorias nas condições de trabalho.
A proposta rejeitada da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ofereceu reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23; PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16). Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.
Consumidor
Os clientes dos bancos poderão fazer saques e outras operações por canais altenativos, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular, telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos.
