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Júlio Cocielo, de Osasco, pode ser condenado por racismo

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Júlio cocielo
Foto: reprodução Instagram

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do influenciador digital Júlio César Pinto Cocielo, de Osasco, por mensagens racistas em seu antigo perfil no Twitter (atual X).

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O processo está em fase final em primeira instância, com o MPF destacando nove exemplos de racismo recreativo entre 2011 e 2018.

Cocielo apagou 50 mil tweets após repercussão negativa em 2018, mas o MPF alega que sua intenção criminosa foi clara. A defesa alega legítimo exercício do direito humorístico, contestado pelo MPF, que argumenta que as postagens desrespeitam a população negra.

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O influenciador responde ao crime previsto na Lei do Racismo, podendo receber até cinco anos de prisão por cada postagem autônoma.

Entre as postagens, o MPF elenca nove exemplos para demonstrar a conduta criminosa do influenciador ao praticar o denominado racismo recreativo. São mensagens como “o brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”, “nada contra os negros, tirando a melanina…” e “mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”.

Esta última, em alusão à velocidade do jogador francês afrodescendente Kylian Mbappé, foi publicada em junho de 2018. Após apagar as mensagens, Cocielo lançou um texto com pedido de desculpa. O influenciador assumia o erro de fazer piadas daquele tipo e se dizia arrependido e envergonhado. Para o MPF, a mensagem revelou a intenção deliberada de Cocielo em praticar os crimes quando postou os conteúdos no Twitter.

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O caso, originado no Ministério Público do Estado de São Paulo, passou para a esfera federal em 2022, com as alegações finais do MPF apresentadas em novembro de 2023, aguardando agora a sentença da Justiça.