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Moradores reclamam da falta de gás de cozinha e preços abusivos em Carapicuíba, Osasco e região

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Moradores reclamam da falta de gás de cozinha e preços abusivos em Carapicuíba, Osasco e região
Após governo do estado decretar quarentena em todos os municípios, o preço do botijão tem variado de R$ 80 até R$ 139, segundo reclamações de moradores / Foto: Agência Brasil

Em meio à quarentena para evitar a proliferação do novo coronavírus (covid-19), os munícipes de Carapicuíba, Osasco e região enfrentam dificuldades para encontrar gás de cozinha nas distribuidoras. Quem consegue comprar, alega ter pago valores abusivos de até R$ 139 no botijão comum.

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Antes da pandemia, o preço médio de um GLP 13 kg, botijão comum, na região era de R$ 70. Após governo do estado decretar quarentena em todos os municípios, inclusive Carapicuíba, o preço do botijão tem variado de R$ 80, R$ 100 e até R$ 139, segundo reclamações de moradores.

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Na internet, essa discussão tem ganhado proporções cada vez maiores, visto que os munícipes temem que as distribuidoras estejam estocando botijões para que sejam vendidos ainda mais caros ao longo da quarentena.

“Acho que estão escondendo o gás falando que acabou para aumentar o preço depois.
Ontem, fiquei em uma peregrinação para encontrar, quando encontrei, paguei R$ 80”, reclamou um morador nas redes sociais. “Aqui onde morro, [não encontro botijão de gás] nem com reza brava. Mas estão escondendo para enfiar a faca”, declarou outro.

“Liguei sábado em vários depósitos que atenderam, mas tinha lugar vendendo a R$ 100. Um absurdo isso”, Perto da minha casa tem uma fila enorme de espera e o valor [do botijão] está de R$ 139”, foi mais um relato.

Moradores reclamam da falta de gás de cozinha e preços abusivos em Carapicuíba, Osasco e região
Foto: reprodução

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“Comprei [um botijão] hoje por R$ 80 no Ariston. Foi difícil encontrar, fui em vários lugares e disseram que não tinha. #lamentável”; “Verdade. Não acha mais, já liguei para alguns aqui e dizem que acabou. Um amigo comprou hoje por R$ 85”, disseram outros munícipes.

A busca por esse item essencial da cozinha em meio à turbulência causada pelo coronavírus tem criado ainda uma situação que pode colocar a saúde em risco. As pessoas acabam deixando de lado a recomendação de evitar aglomerações e formam grandes filas na frente de alguns pontos de distribuição. “Você tinha quer ver o tamanho da fila, provavelmente tinha umas 30 pessoas todas juntas. Eu só passei de frente”, escreveu uma mulher.

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Foto: reprodução
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Alguns internautas disseram ainda que o aumento da demanda na procura pelo gás de cozinha aconteceu da mesma forma que ocorreu com o álcool em gel, quando o desespero fez com que algumas pessoas comprassem o produto para fazer estoque em casa. “Acontece que uns comparam 1, 2, 3 [botijões de gás] para ‘armazenar’ sem necessidade. Aí quem realmente está precisando porque acabou, não encontra”, “A culpa é de algumas pessoas que vão pegar vários botijões de gás ao mesmo tempo. Além de ser perigoso, deixa em falta no mercado para que outras pessoas possam adquirir”.

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O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindgás) e a Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás) emitiram, no sábado (28), um comunicado informando que houve um “atraso momentâneo” na reposição do produto nos pontos de distribuição devido à “repentina corrida às revendas para comprar o botijão de gás”.

Na nota, as organizações afirmam que não haverá falta de gás para a demanda normal dos consumidores e pedem para que “não estoquem botijões de gás desnecessariamente, mas que comprem como de costume para o seu uso”. (Leia aqui a nota na íntegra)

Denuncie

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De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é caracterizado como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. Dessa forma, se o cliente se deparar com algum valor de produtos ou serviços relacionados ao coronavírus que considere abusivo, pode fazer a denúncia via internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo – disponível para Android e iOS – ou redes sociais, marcando @proconsp, indicando o endereço ou site do estabelecimento.