Com o objetivo de garantir cada vez mais a inclusão dos alunos da Emef “Elvira Lefreve Salles Nemer”, a professora Lessandra de Souza, com o apoio de gestores e professores da unidade escolar, está realizando o projeto “Escola Inclusiva: incluir para resgatar e transformar”. A escola, no Jardim São Pedro, é o polo da rede de ensino para abrigar ações e trabalhos com crianças e jovens cegos e com baixa visão.
Para mobilizar toda a escola, no sentido de conscientizar sobre a necessidade de entender as diferenças e despertar o espírito solidário, os estudantes estão vivenciando experiências com atividades de mobilidade. Eles servem como guias e andam vendados pela escola para entender como é sentir na pele a vivência de pessoas cegas.
De acordo com a professora Lessandra, a inclusão é um alvo possível de ser atingido. “Incluir é trazer o outro para dentro da minha realidade sem muito esforço, o mais natural possível. Fazer essa interação entre sala de aula regular e ensino de atendimento especializado é abraçar a ideia de que juntos conseguimos superar as dificuldades. E, assim, criamos o senso de responsabilidade, eliminamos o bullying e desenvolvemos o acolhimento e respeito pelo outro”, avaliou.
Para o diretor Ricardo Cajueiro, o projeto trouxe nova perspectiva para a escola e deu sentindo à palavra inclusão. “Hoje os alunos conhecem um pouco da realidade da sala de atendimento especial”, explicou.
Além das oficinas de braille, o projeto também incentivou a implementação de práticas do soroban adaptado. Ele ajuda a desenvolver a concentração, atenção, memorização, percepção, coordenação motora e cálculo mental, principalmente porque o praticante é o responsável pelos cálculos, não o instrumento.
A prática com o soroban possibilita realizar cálculos em meio concreto, aumenta a compreensão dos procedimentos envolvidos e exercita a mente.
