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Companheira de Tifanny no Osasco, Tandara é contra atletas trans no vôlei: “Não concordo”

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tandara volei osasco
Foto: João Pires/Fotojump

Companheira de Tifanny, primeira atleta trans a jogar em um campeonato de alto nível no Brasil, no Osasco São Cristóvão Saúde, a oposta Tandara Caixeta reafirmou ser contra a presença de atletas transexuais no vôlei feminino. “Não concordo”, declarou ela em entrevista ao podcast OzPod.

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“Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo”, disse Tandara.

“Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes”, acrescentou a jogadora, que está afastada das quadras após suposta violação de regra antidoping na reta final das Olimpíadas de Tóquio.

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Para Tandara, a entrada de pessoas trans no esporte “prejudica o espaço” de jovens meninas. “Não concordo com outras trans entrarem no esporte, hoje, porque você vai tirar o espaço de uma outra jovem, que está crescendo e buscando isso”.

A atleta avalia que, já que já teve autorização para jogar no vôlei feminino, Tifanny deve continuar. No entanto, ela é contra a liberação de mais mulheres trans. “Eu concordo que ela (Tifanny) tenha que jogar até quando ela quiser, porque é um direito adquirido, mas eu acredito que não tenham outras autorizações, porque hoje a gente tem tanta menina que corre atrás, e eu acredito que isso prejudica o espaço, entre uma trans e um jovem talento”, declarou.

“Foco nas pessoas que me dão carinho”, disse Tifanny

Tifanny volei osasco
Tifanny é um dos destaques do Osasco São Cristóvão Saúde / Foto: João Pires/Fotojump

Em entrevistas, Tifanny já comentou sobre como lida com as críticas de quem diz que ela não deveria jogar no vôlei feminino: “Quando alguém me manda uma mensagem para perguntar se eu poderia ou não jogar a liga feminina de vôlei por ser uma atleta trans, eu explico que sim, que há regras para isso e geralmente 99% mudam de posicionamento. Mas sempre tem aqueles que querem causar, te jogar para baixo. Esses eu evito olhar e foco nas pessoas que me dão carinho. Prefiro pegar as coisas boas e viver com elas”.

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