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Homem acusado de bater na mulher é encontrado morto em Itapevi após ameaças da sogra, que nega envolvimento no crime

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O corpo de Roger foi encontrado com várias lesões / Foto: Reprodução/Record TV

Um mistério cerca a morte do auxiliar de produção Roger da Silva Ferreira, de 31 anos, em Itapevi. O corpo dele foi encontrado com muitas lesões às margens de uma rodovia na cidade.

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O laudo que apontará a causa da morte ainda não está pronto, mas a suspeita é de que Roger tenha sido espancado até a morte. De acordo com a reportagem exibida no “Cidade Alerta”, da Record TV, nesta terça-feira (8), a família de Roger desconfia que a sogra dele possa ter algum envolvimento com o caso, porque dias antes do crime, ela teria feito ameaças ao rapaz, acusado de bater na filha dela.

Os familiares do auxiliar de produção afirmam que duas semanas antes dele ter sido encontrado morto, Roger e a esposa, Gabriela, de 22 anos, brigaram devido a uma suposta traição da parte dela e ele a teria agredido fisicamente. Após a briga, Roger decidiu voltar para a casa da mãe.

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Quando Edjânia Maria, mãe de Gabriela, soube que a filha havia apanhado do marido, enviou uma série de mensagens a Roger via WhatsApp. “Você não seja besta de relar a mão na minha filha mais uma vez porque amanhã você vai ter prova disso. Eu sou boa como sogra e como inimiga você pode ter certeza que eu sou pior ainda”, disse Edjânia em um dos áudios. “A tua vida vai virar um inferno a partir de hoje”, falou em outro áudio.

Sogra nega envolvimento no crime: “Fui errada por ter mandado o áudio, mas foi um momento de desespero”

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Edjânia Maria, sogra de Roger / Foto: Reprodução/Record TV

Edjânia se defende das acusações e nega ter qualquer envolvimento com a morte do genro. Ela afirma que perdeu a cabeça ao ver a filha machucada. “Fiquei brava, peguei o celular e mandei mensagem no porque eu fiquei nervosa. Foi num momento de desespero, de ver minha filha machucada, apanhando de uma pessoa que era o marido dela”, desabafou. “Fui errada por ter mandado o áudio, mas foi um momento de desespero. Só isso”, continuou.

Roger e Gabriela, que eram casados há cinco anos, têm um filho de 2 anos. Gabriela diz que o marido mudou muito. “Nos últimos seis meses, ele se tornou uma pessoa muito diferente. Começou a ficar muito agressivo. Depois que a gente mudou de casa, ele ficou muito agressivo. [Antes] ele era uma pessoa calma, nunca levantava a voz para mim”, disse, à reportagem.

“Ele tinha umas amizades bem estranhas”

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Gabriela atribui as mudanças de comportamento do marido com as amizades que ele tinha. “Ele era aquele cara que onde chegava, fazia amizade. Ele tinha umas amizades bem estranhas”, declarou.

Roger passou a suspeitar de um colega da esposa: “Ele cismou com uma pessoa que era chegada a mim, que era um colega que estava me ajudando em uma situação que tenho na Justiça. Ele acabou cismando, mas nunca houve um caso”, disse Gabriela.

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Gabriela, esposa de Roger / Foto: Reprodução/Record TV

Após a discussão com a esposa, Roger foi morar com a mãe. Na semana em que foi encontrado morto, ele chegou a passar algumas noites fora de casa. Uma prima de Roger disse à mãe dele que ele estava dormindo em sua casa. Mas logo após três dias sem que a família soubesse o paradeiro do auxiliar de produção, a prima admitiu que Roger não dormiu na casa dela, mas que estava dormindo na casa de Gabriela e que o casal estava tentando reatar sem que ninguém soubesse.

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O último contato de Roger foi com um primo. Segundo a reportagem, esse primo contou que se encontrou com Roger em uma lanchonete na sexta-feira e, por volta das 0h, soube que Roger teria caído de uma escada e foi levado ao hospital. A família do rapaz chegou a ir em hospitais, mas só o encontrou no Instituto Médico Legal (IML).

“Surra que acabou matando”

Para os familiares, os hematomas não condizem com uma queda de escada. “Ele foi assassinado. Agora quem foi eu não sei porque ele não tinha inimizades. Quem fez não deve ter feito com intenção de matar, fez com a intenção de dar uma surra, mas terminou matando”, afirma uma parente de Roger. “A gente não está afirmando que foi ela [a sogra], mas a gente tem dúvida porque ela ligou para a minha irmã falando um monte dele”, continuou.

Os áudios enviados pela sogra à Roger foram entregues à Delegacia de Itapevi, que está investigando o caso. A família aguarda o laudo que vai apontar a causa da morte. Roger deixou dois filhos, um de 2 anos, que teve com Gabriela, e outro de 10 anos, fruto de outro relacionamento.

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