Início Cidades Igreja Universal é condenada a indenizar em R$ 40 mil usuário de...

Igreja Universal é condenada a indenizar em R$ 40 mil usuário de droga que encenou falsa cura do vício

0
igreja universal
Foto: Reprodução

A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 40 mil de indenização para um usuário de cocaína de 39 anos que afirmou ter encenado uma falsa cura do vício durante um culto e que as imagens foram usadas indevidamente pela instituição na TV.

publicidade

À Justiça, o dependente químico, que trabalha como recepcionista, disse que foi procurado por dois pastores da igreja em 2018, quando teria sido induzido a participar do programa “Cura dos Vícios”, exibido pela Record TV. Ele alega que já estava no palco da igreja quando percebeu que tudo se tratava de uma encenação. O homem disse que ficou constrangido, mas topou fingir que estava curado da dependência química.

“Logo que saiu do palco, sua primeira atitude foi informar que não autorizava a utilização de sua imagem e do seu nome já que tudo não passava de uma fraude”, declarou a defesa do recepcionista. Ainda por WhatsApp, o homem voltou a dizer que não autorizava a utilização de sua imagem na televisão. Mesmo após os pedidos, o programa foi exibido na TV.

publicidade

A Igreja Universal disse que não prometeu a cura ao dependente, mas que ofereceu ajuda espiritual. “A igreja não tem a obrigação de entregar ou garantir o resultado. A cura da dependência química se trata de uma questão de fé e independe da vontade da igreja o atingimento do resultado almejado”, declarou a defesa.

Com relação à utilização da imagem do recepcionista no programa exibido pela Record TV, a igreja declarou que o homem subiu no palco por livre e espontânea vontade, sabendo que o culto seria televisionado.

Em sua decisão, a juíza Paula Regina Cattan, da 1ª Vara Cível de São Paulo, entendeu que houve dano moral e condenou também a emissora de Edir Macedo a indenizar o dependente químico juntamente com a igreja.

publicidade

A Record TV, por sua vez, alegou que não é responsável pelo conteúdo do programa e que somente vende o espaço para a Universal. A juíza, no entanto, afirmou que a emissora assumiu os risco por permitir que a igreja exibisse imagens de pessoas sem a autorização por escrito. Julgado, o processo não cabe mais recurso.

“MUTIRÃO DA CATARATA”// Prefeitura de Barueri é condenada a indenizar homem que ficou cego de um olho

publicidade