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Ministério Público investiga denúncias sobre falhas no serviço exclusivo em trens para The Town

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novo trem alstom
Foto: Divulgação Viamobilidade

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está investigando denúncias da Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro) relacionadas à operação dos trens metropolitanos na capital paulista durante o festival The Town. Os problemas incluem atrasos, superlotação e confusão nas linhas de trens metropolitanos, que transportaram passageiros para o evento realizado no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

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As principais questões ocorreram nas linhas 8 e 9 dos trens metropolitanos, operadas pela Viamobilidade. A concessionária tentou implementar um sistema de trens expressos, com tarifas mais elevadas (R$ 40 e R$ 15 em comparação com a tarifa regular de R$ 4,40). A venda dessas passagens foi autorizada pela Justiça, sob a condição de que o serviço regular não fosse prejudicado.

No entanto, os passageiros regulares enfrentaram longas esperas nas plataformas, com alguns esperando até 40 minutos. Além disso, houve relatos de viagens incompletas e até mesmo de trens que voltaram para buscar passageiros da linha expressa. A velocidade dos trens foi reduzida, e os usuários foram informados sobre problemas já nas catracas.

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Houve também casos de passageiros passando mal em trens parados por longos períodos, plataformas e vagões superlotados, e até mesmo um trem que pegou fogo devido a uma falha elétrica. A Fenametro denunciou que o serviço não cumpriu o que prometeu para os passageiros que pagaram mais caro.

A Via Mobilidade afirmou que a estratégia dos trens expressos oferece uma alternativa de transporte para o público do evento, reduzindo o trânsito na cidade e as emissões de CO2. A empresa continuou a oferecer viagens em trens expressos e semiexpressos nos próximos dias do festival, com tarifas de R$ 40 e R$ 15. Os próximos shows estão programados para os dias 7, 9 e 10 de setembro.

O governo de São Paulo, responsável por fiscalizar a concessão, ainda não se pronunciou sobre o assunto. A Viamobilidade já enfrenta questionamentos do Ministério Público devido a falhas frequentes na oferta de serviços, tendo assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em agosto, que prevê melhorias nas linhas 8 e 9 do sistema de trens metropolitanos, além de indenização por danos materiais e morais coletivos no valor de R$ 150 milhões.

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