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Padre de Osasco é alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em plano golpista

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Padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, é investigado por suspeita de participação em plano golpista do 8 de janeiro / Foto: Reprodução/ Innstagram

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) uma operação contra suspeitos de tentar dar um golpe de Estado no país, tendo como alvo principal o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Entre os investigados, está o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco.

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Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação, o padre é suspeito de integrar o núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

Segundo a investigação, o religioso teria participado de uma reunião no Palácio do Planalto, em novembro de 2022, com Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Amauri Feres Saad, advogado apontado como o redator da minuta golpista que previa a prisão de ministros do STF, do presidente do Senado e a convocação de novas eleições.

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Um vídeo com a gravação da reunião foi encontrado em um dos computadores do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada com a PF, após ter sido preso preventivamente nas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

A Diocese de Osasco diz, em nota, que não recebeu comunicado oficial de autoridades competentes acerca do caso. “A Diocese se colocará sempre ao lado da justiça, colaborando com as autoridades na elucidação do caso”, esclarece.

O padre José Eduardo, que ainda não manifestou-se publicamente sobre a operação, é conhecido por usar as redes sociais para defender pautas antiaborto e analisar músicas de Luisa Sonza, entre outras atividades.

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Além de Bolsonaro e do padre de Osasco, foram alvos da operação os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (Defesa), além de militares, empresários e influenciadores digitais.