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Balas que mataram Marielle são do mesmo lote usado na chacina de Osasco

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Na manhã desta sexta-feira, 16, um dos delegados responsáveis pela investigação da chacina de Osasco – ocorrida em agosto de 2015 e que vitimou 23 pessoas – informou que as balas usadas nos assassinatos são do mesmo lote utilizado para matar a vereadora carioca Marielle Franco (Psol). As informações são do portal UOL.

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Segundo o portal, o delegado afirma que munições calibre 9 mm, do lote UZZ-18, adquirido pela Polícia Federal entre 2006 e 2008, haviam sido encontradas ao lado dos corpos à época. Agora, a Polícia Federal apura se munições do mesmo lote teriam sido usadas no assassinato  da parlamentar, atingida quatro vezes na cabeça, em homicídio doloso (com intenção de matar), na noite de quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro.

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“De fato, esse lote foi vendido para a PF de Brasília, se não me engano, entre o fim de 2006 e o início de 2007”, afirmou o delegado paulista, que pede para não ser identificado sob o argumento de que o caso da Grande São Paulo foi “um pesadelo” em sua vida.

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LOTES EXTRAVIADOS

Atual corregedor da PM (Polícia Militar) de SP, o coronel Marcelino Fernandes informou que, apesar da constatação do mesmo lote, isso não significa que forças de segurança foram as autoras da morte de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.

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“O que você tem de lote extraviado… É apenas um indício de que pode ser de forças regulares. Eu já tive situação em que o executor atirou com o revólver 38. Na sequência, ele deixou no local do crime cápsulas de .40, da PM, mas ele não esperava que isso estava sendo gravado por uma câmera de uma loja de tintas”, exemplificou.

Marielle e Anderson foram mortos com por munição calibre 9 mm, que não pode ser vendida à população. A munição só pode ser adquirida legalmente por colecionadores, atiradores esportivos e forças de segurança, mas é vendida com poucas restrições no Paraguai e entra no Brasil ilegalmente.

Em nota, a PF informou que, além da investigação conduzida pela Polícia Civil pelo crime de homicídio, foi instaurado inquérito no âmbito da PF para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime.

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“A Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro reiteram o seu compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorrido na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro”, informou.

 

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