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Deputado bolsonarista chama arcebispo e Papa de “safados, vagabundos e pedófilos” e Emidio aciona Conselho de Ética

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Deputados estaduais Frederico D'Ávila (PSL) e Emidio de Souza (PT) / Fotos: José Antonio Teixeira

O deputado estadual Emidio de Souza (PT), ex-prefeito de Osasco, informou que acionará Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta segunda-feira (18) contra o também deputado estadual Frederico D’ávila (PSL). Na última quinta-feira (14), o parlamentar chamou o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, e o Papa Francisco de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos” durante sessão na Alesp.

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Em vídeo publicado nas redes sociais, Emidio prestou solidariedade à comunidade católica e criticou as declarações de D’ávila, apoiador do presidente Jair Bolsionaro. “Ele fez um discursos vergonhoso, agressivo e violento contra todo o mundo católico. Por isso manifesto minha solidariedade. Esse discurso de ódio é quebra do decoro parlamentar e não pode ficar impune”, declarou o Emidio.

Além de acionar o Conselho de Ética da Alesp, o ex-prefeito de Osasco disse que irá propor que o discurso de D’ávila contra Dom Orlando seja excluído dos canais da Assembleia e que ele se retrate publicamente “dos horrores que falou na tribuna da Assembleia, lugar que é feito para apresentar os problemas do Estado e as soluções que imaginam para a vida das pessoas”.

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O discurso de D’ávila veio após Dom Orlando Brandes ter criticado a disseminação de notícias faltas e o armamento da população brasileira. A declaração do líder religioso foi feita durante missa do Dia de Nossa Senhora Aparecida, no feriado de terça-feira (12). Sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro, Dom Orlando afirmou que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”.

Na Alesp, D’Ávila atacou o líder religioso: “Seu vagabundo, seu safado da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dando recadinho para o presidente [Bolsonaro], para a população brasileira, que pátria amada não é pátria armada. Pátria amada é a pátria que não se submete a essa gentalha”, disse aos gritos no plenário.

“Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito, do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos safados, a CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil”, continuou o parlamentar bolsonarista.

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Em nota, a CNBB manifestou repúdio aos ataques de Frederico D’Ávila e pediu que sejam tomadas medidas internas “eficazes, legais e regimentais”. A instituição declarou ainda que tomará medidas “judiciais cabíveis” após o ocorrido.

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