Início Cidades Barueri Exército mantém 480 militares aquartelados em Barueri após furto de 21 metralhadoras

Exército mantém 480 militares aquartelados em Barueri após furto de 21 metralhadoras

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Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri / Foto: Divulgação/ Exército Brasileiro

A Polícia Civil de São Paulo e o Comando Militar do Sudeste investigam o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri. Entre os armamentos que foram furtados na última semana, estão 13 metralhadoras calibre ponto 50, com capacidade para derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62.

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Após o desaparecimento do arsenal, ao menos 480 militares estão sem poder voltar para suas casas ou ter contato com suas famílias, e seguem aquartelados em Barueri. O procedimento, de acordo com o Exército, acontece durante as investigações que apuram o furto.

Todos os soldados serão ouvidos na investigação interna realizada pela corporação, que busca encontrar e recuperar o armamento. O Exército não considera a medida como um tipo de “prisão”, mas, do lado de fora, familiares estão preocupados e afirmam não ter informação alguma sobre os militares.

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O Comando Militar do Sudeste informou que as metralhadoras furtadas são “inservíveis” e “estavam no Arsenal, que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo de destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada”.

“Consequências catastróficas”

O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, lamentou o furto do armamento do Arsenal de Guerra do Exército. “Não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra a segurança da população”, afirmou, no sábado (14), na rede social “X”, antigo Twitter.

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A entidade sem fins lucrativos Sou da Paz, que faz estudos sobre armas e segurança pública, diz que o desaparecimento das metralhadoras em Barueri trata-se do maior registro de desvio de armas ocorrido dentro de um quartel nos últimos 14 anos.

“O último grande desvio do Exército havia sido o de sete fuzis 762 desviados de um batalhão de Caçapava em 2009, também em São Paulo. Felizmente, todas as armas foram recuperadas. O desvio de agora é muito mais grave, não só pela quantidade de armas levadas de uma vez, mas pela potência”, declarou o gerente da área de sistema de Justiça e Segurança do Sou da Paz, Bruno Langeani.

Até o momento, nenhum responsável pelo desaparecimento das armas foi identificado. O paradeiro do arsenal também é desconhecido, e as investigações continuam.

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