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Metalúrgicas de Osasco e região preenchem 84% das vagas para pessoas com deficiência

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metalúrgicas osasco
Foto: fxquadro/ Freepik

O índice de contratações de pessoas com deficiências pelas indústrias metalúrgicas de Osasco e região atingiu a marca de 84,1%, em 2023. A informação é da 18ª Pesquisa Lei de Cotas – Trabalhadores com Deficiência no Setor Metalúrgico, divulgada nesta quarta-feira (13), pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.

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O estudo tem como base os questionários respondidos por 67 empresas metalúrgicas, nos quais relataram qual o número de trabalhadores com deficiência contratados em dezembro de 2023. Em 2022, o índice de contratações era de 83,5%.

A pesquisa também mostra que, no ano passado, 46,3% das empresas cumpriram 100% da cota ou mais. Quando o recorte é feito por setores, o de Autopeças e Forjarias ultrapassaram as exigências legais, com 102,2%.

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“Por meio da pesquisa, criamos estratégias e podemos atuar para que as contratações de fato aconteçam. Além disso, o assunto é pauta permanente no Sindicato e das negociações coletivas durante a nossa Campanha Salarial”, afirmou o presidente do sindicato, Gilberto Almazan.

A preferência pela contratação de pessoas com deficiência física, que são 39,3% dos contratados, também é observada na pesquisa. Em segundo lugar, ficam as pessoas com deficiência auditiva, com 29,0%, seguida das com deficiência visual, 13,0%. Os reabilitados somam 7,3%, já as pessoas com deficiências psicossocial e intelectual somam 4,6%.

Alexandre Peregrino faz parte dos trabalhadores que têm deficiência auditiva. Ele trabalha há 24 anos na Cinpal, em Taboão da Serra, e, agora, conta os dias para terminar o financiamento do seu apartamento. “Termino de pagar neste ano. Depois vou tirar a carta de motorista”, disse ele, que trabalha também para pagar pensão para filha e ajuda nas despesas da mãe.

Cai o percentual de empresas que não cumprem a Lei

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Em relação ao estudo anterior, diminuíram os casos de empresas que se negavam a cumprir a lei. Em 2022, 9,4% das empresas não haviam contratado ninguém. Em 2023, o percentual caiu para 6,0%.

O estudo tem o apoio da Gerência Regional do Trabalho e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) de São Paulo.

“A inclusão é tarefa de toda sociedade, não adianta só a fiscalização, tem que ter a participação do sindicato, tem que ter informação e a compreensão da sociedade”, defende o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Marcus Alves de Mello.

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Ele explica que a sistemática da fiscalização passou por algumas mudanças. “Desde quando eu assumi, chamamos as empresas, notificamos, exigimos o cumprimento da cota, mas chamamos para o diálogo. Já fizemos dois grandes eventos na cidade de São Paulo, com a participação da Prefeitura, do INSS, de empresas e instituições, para falar da importância da inclusão. Muitas vezes o que falta é informação”, defende.

 

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