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Espaço da Cidadania em Osasco completa 22 anos e lançará o livro “Inclusão Já!”

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Espaço da Cidadania, em Osasco, completa 22 anos

Um encontro realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região, na manhã desta quinta-feira (9), celebrou os 22 anos do Espaço da Cidadania. Foi anunciado no evento o livro “Inclusão Já!”, que será lançado no dia 22 de março.

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A síntese do livro e o processo de construção foram compartilhados por Rafael Públio, Consultor de Inclusão e diretor da Santa Causa Boas Ideias & Projetos. Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania, citou todos os envolvidos no novo projeto.

“Pessoas de várias áreas colaboraram com a construção do livro. Ele vai mostrar como esta rede, que se articula pela inclusão, foi formada. Vai ter depoimento de trabalhador com deficiência e especialistas, tudo gente que faz parte da história do Espaço da Cidadania”, explicou.

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O encontro também foi de alerta. Isso porque um estudo feito pela Unicamp mostra que, em 2019, dos 317.179 postos de trabalhos disponíveis para Lei de Cotas, apenas 46% deste total foi ocupado por trabalhadores com deficiência, ou seja, 145.801 pessoas. Portanto, 171.378 postos, 54% das vagas, não foram preenchidos.

As informações foram passadas por Guirlanda Benevides, Especialista em Economia do Trabalho e doutoranda da Unicamp e organizadora da Pesquisa “Pessoa com Deficiência e Trabalho”. “A pesquisa mostra que a Lei de Cotas é essencial. Sem ela, não teríamos tido os avanços que temos hoje. Quando a gente expõe os dados, temos 80% das empresas que não cumprem a cota, mas, por outro lado, temos quase 50% da cota cumprida”, avalia Guirlanda.

A especialista explica que a partir destes dados é possível pensar em ações e políticas públicas. “Não é simplesmente conhecer o diagnóstico. Queremos aprofundar este trabalho, mas pensando sempre como melhorar esta situação”, afirmou.

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Além do mito de que não tem pessoas com deficiência suficiente, a Pesquisa também aponta que o argumento da baixa qualificação não tem fundamento. Segundo o estudo, elas têm nível de escolaridade similar ao das pessoas sem deficiência. Apesar disso, de acordo com a Pesquisa, a maioria das pessoas contratadas está no setor de serviço. Em 2019, por exemplo, este setor era responsável por 47,9% das contratações, a indústria por 27,7% e o comércio por 19,9%.

“O acesso ao mercado formal ainda é pouco. O pouco que é absorvido, 70% mais ou menos, estão concentrados em algumas ocupações e de baixa qualificação, portanto, com salários menores. Por aí dá para deduzir a história do preconceito”, apontou Jacqueline Aslan Souen, uma das autoras do estudo.

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