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Após tragédia em Brumadinho, associação de Osasco cobra punição e mais medidas preventivas

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Foto: Isac Nóbrega/PR

Subiu para 60 o número de mortos em decorrência do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), que aconteceu na sexta-feira (25). De acordo com o boletim divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Corpo de Bombeiros, 292 pessoas estão desaparecidas, 192 foram resgatadas com vida e 19 corpos já foram identificados.

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A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco (AEAO) divulgou nota sobre a tragédia, na qual cobra punição aos responsáveis e questiona a segurança e a manutenção preventiva dessas barragens.

“É preciso acelerar a apuração de responsabilidades e garantir que os culpados sejam punidos. É urgente, ainda, intensificar a implantação de mecanismos de segurança e medidas preventivas nas barragens, para evitar que mais crimes ambientais como os ocorridos em Brumadinho e em Mariana voltem a acontecer, marcando para sempre a história do nosso país”, destaca a AEAO.

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Leia a íntegra da nota emitida pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco (AEAO) sobre o caso:

“A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco (AEAO) lamenta profundamente o desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale do Rio Doce no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido na última sexta feira (25), e manifesta solidariedade às vítimas.

É evidente o efeito devastador causado pela tragédia que atingiu não só a área administrativa da Vale, mas também as comunidades da região, e o Rio Paraopeba, na Bacia de São Francisco. Quando consideramos que essa fatalidade aconteceu pouco mais de três anos após a queda da barragem da Samarco, também operada pela Vale, em Mariana (MG), devemos sim questionar o que foi feito em relação à segurança e manutenção dessas barragens. Ressaltamos que a tragédia em Mariana foi considerada o maior crime ambiental da história do nosso país.

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De acordo com relatório da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Minas Gerais possui 698 barragens cadastradas e, 22 delas estão sem estabilidade, ou seja, existem mais tragédias anunciadas. Em relação à Brumadinho, relatórios atestavam a estabilidade da barragem, porém apontavam o alto potencial de acidente e, ao que se pode ver nada foi feito para evitar mais um crime ambiental que deixou 58 mortos e cerca de 300 desaparecidos confirmados até o momento, além de destruir muitas famílias.

Salientamos que a Lei n° 12.334, de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, definiu que a responsabilidade sobre a manutenção da segurança das barragens é da empresa privada. É preciso acelerar a apuração de responsabilidades e garantir que os culpados sejam punidos. É urgente, ainda, intensificar a implantação de mecanismos de segurança e medidas preventivas nas barragens, para evitar que mais crimes ambientais como os ocorridos em Brumadinho e em Mariana voltem a acontecer, marcando para sempre a história do nosso país.

A AEAO expressa seu apoio também às equipes que trabalham no resgate das vítimas desta tragédia”.

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